A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecom) do Distrito Federal também entrará nas investigações abertas contra as empresas Mix Turismo e Impacto Turismo, acusadas de calote e de não cumprirem o contrato firmado com centenas de clientes.
A Mix Turismo é acusada de emitir comprovantes de reservas e até passagens falsas. Já a Impacto é investigada por deixar clientes sem ingressos, como estava previsto em contrato, para os shows do réveillon de Arraial D'Ajuda.
Segundo informações do Ministério Público do DF, o promotor José Eduardo Barbosa já pediu ao Procon, a 3ª e a 5ª Delegacias de Polícia e às empresas os documentos que tratam dos casos. Eles terão 10 dias após serem notificados para encaminhar a documentação. Depois das investigações a promotoria deve indicar se houve crime e se for verificado indício de crime o caso vai para a Justiça.
O delegado da 5ª DP, Marco Antônio de Almeida, afirmou que um outro delegado foi designado especialmente para ouvir as testemunhas que prestaram queixa contra a Mix Turismo.
Ainda de acordo com ele, até o momento há aproximadamente 30 vítimas da empresa, que já contabilizam um prejuízo de R$ 300 mil, e o número deve aumentar. "Estamos recebendo ocorrências de outras delegacias, pessoas que moram no Lago Sul foram vítimas da empresa e prestaram queixa na 10ª DP, por exemplo", explica.
Na 3ª DP (Cruzeiro), que investiga as acusações contra a Impacto Turismo, até a tarde desta quarta-feira mais de 80 pessoas já tinham prestado queixa contra os donos da empresa.
Fique atento
Para evitar problemas com agências de viagens são necessários alguns cuidados antes de escolher a prestadora dos serviços:
# A relação entre o cliente e o agente de viagem se baseia na confiança. Por isso, procure referências de pessoas que já conheçam os serviços da empresa, como familiares e amigos que viajaram anteriormente;
# Consulte a Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) ou o Sindicato das Empresas de Turismo do DF (Sindetur) para ter informações sobre o histórico da agência. Telefone:
3223-1247;
# Verifique se os serviços oferecidos em fôlderes e no contrato condizem com a realidade da viagem. Caso sejam de qualidade inferior, fotografe ou recolha outras provas para reivindicar o prejuízo junto aos órgãos responsáveis, como o Procon (telefone: 151);
# Em caso de suspeitas sobre o pacote, ligue para verificar se os serviços oferecidos estão assegurados. Telefone para averiguar se as reservas do hotel foram confirmadas e faça o check in no aeroporto com antecedência, por exemplo.
Fontes: Abav-DF e Polícia Civil.