Os primeiros manifestantes da 5ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora começam a ocupar o espelho d'água do Congresso Nacional. O engarrafamento no local já é bem menor. Segundo a Polícia Militar 15 mil pessoas, alguns ônibus e um trio elétrico deixaram o estacionamento do estádio Mané Garrincha em direção à Esplanada dos Ministérios, por volta das 9h.
A Polícia Militar do Distrito Federal ainda pede aos motoristas que evitem passar pela via S1. Três faixas foram interditadas no trecho que vai do Centro de Convenções Ulysses Guimarães até o Congresso Nacional.
Os motoristas que vem do Eixão Sul estão impedidos de entrar no Eixão Monumental. Para entrar na Esplanada dos Ministérios será preciso dar uma grande volta. Uma das opções é seguir até a L4 Norte e voltar por trás dos Ministérios.
O trânsito, ainda, é bastante complicado na Rodoviária do Plano Piloto. ;Passei a noite trabalhando e já estou a mais de 40 minutos esperando meu ônibus. O pior é que quando ele chegar será mais um tempão para sair desta confusão;, lamenta o vigia Roberto Celso Mota, 32 anos.
Mas, há também quem não se incomode com os transtornos gerado pela manifestação. ;Nós brasilienses temos que estar preparados para isso, quem faz protesto esta busando os seus direitos e aqui é que as decisões são tomadas,. Estou atrasada para uma prova, mas tenho uma boa desculpa para dar para meu professor, eu até gravei;, afirma a universitária Cecília Fernandes, 23 anos.
Tumulto
Por volta das 10h15, uma forte chuva complicou ainda mais o trânsito no local. Quem passava por lá reclamou ;A passeata deveria chamar a marcha lenta do trabalhador. Acho muito errado fazer nesta hora, porque é injusto lutar pelos direitos de alguns trabalhadores, ao mesmo tempo em que se tira o direito de outros;, defende o servidor público José Mendes Cruzeiro, 48 anos.
O tumulto também prejudicou aqueles que tentavam chegar ao trabalho. ;Precisava chegar 20 minutos atrás, nunca imaginei que estava assim. Isso deveria ser divulgado com antecedência para a população. Porque foi programado, não é uma fatalidade;, diz o comerciante Isaac Teixeira, 30 anos.
Ambulantes aproveitaram o tumulto para vender produtos aos manifestantes. As ruas por onde passam os trabalhadores esta coberta de sujeiras. Garrafas de água, cerveja e embalagens de comidas são deixadas para trás.
O Detran-DF, o Batalhão de Trânsito e a Polícia Militar tentam controlar o trânsito no local.
A marcha
O lema da marcha é o ;Desenvolvimento e Valorização do Trabalho;. Os manifestantes ocupam a capital federal em defesa do emprego, da garantia de renda e contra os efeitos da crise financeira internacional.