O período de festas de fim de ano atrai muitos pedintes às ruas de Brasília. Para evitar este problema, o governo está preparando uma campanha contra esmolas. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho - Sedest, cerca de 80% destas pessoas não são moradores de rua, possuem casa no entorno ou vem de outros estados como Bahia e Goiás.
A idéia é pedir aos cidadãos que não dêem dinheiro, sopa, cobertores, cestas ou qualquer outro tipo de ajuda para essas pessoas. ;Se elas recebem esmolas, continuarão nas ruas pedindo;, afirmou a secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho, Eliana Maria Passos Pedrosa.
Os locais de maior concentração dessas pessoas são os semáforos, porta de supermercados, as proximidades do Gilberto Salomão, no Lago Sul e aos arredores da Rodoviária.
Abrigo
De acordo com o Eliana, o governo dispõe de um albergue com 600 vagas, onde se oferece alimentação e moradia, além do encaminhamento dessas pessoas para cursos de capacitação profissional. O governo dá ainda a passagem para que elas retornem ao seu local de origem. Mas, a maior dificuldade encontrada para manter essas pessoas no abrigo, segundo a secretária, é a disciplina a que estas pessoas ficam submetidas e, como a maioria é dependente de bebida ou droga, elas não conseguem permanecer muito tempo no local.
Além disso, outro fator ressaltado por Eliana é o dinheiro que eles conseguem na rua para alimentar o vício. ;Em média, um menino desses que fica ali nas imediações da Rodoviária ganha R$ 400 reais por semana. Os que ficam no Pier 21, chegam a conseguir R$ 1 mil no mesmo período;.