Em 13 de dezembro de 1912, nascia em Exu o ;rei do baião; Luiz Gonzaga. É nessa cidade que começa o filme O Milagre de Santa Luzia, de Sérgio Roizenblit. Mas quem dedilha o acordeão é outro pernambucano: Dominguinhos.
O documentário, que abriu a mostra competitiva do Festival, agradou o público e chegou a ser aplaudido várias vezes no escurinho do Cine BrasÃlia. Começou bem em um evento que este ano privilegia o documental. Serão outros três filmes a ocupar a mostra e apenas duas ficções. A supremacia dos documentários é justificada pelo diretor Roizenblit que garante que gênero se sobressai nos momentos de orgulho nacional. ;Este é um grande momento de auto-estima do povo brasileiro que está ávido por saber de si mesmo;, explica.
Dominguinhos e a equipe do filme descem de carro até Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Lá também se toca sanfona, mas o ritmo é diferente, apesar de manter a influência do Brasil plural. ;A sanfona é um instrumento portátil, que se moldou bem à história do campo;, resume o músico Toninho Ferragutti, entrevistado no longa. A viagem ainda passa pelo pantanal mato-grossense, pelo interior de Minas até chegar a São Paulo. Em cada canto, um ritmo.
O longa empolgou. Já os curtas que antecederam a projeção, A mulher biônica (CE), de Armando Praça, e Que cavação é essa? (RJ), de Estevão Garcia e LuÃs Rocha Melo receberam tÃmidos aplausos.
Os membros da equipe participam de debate nesta quinta (20/11) no Salão Vermelho do Hotel Nacional e os filmes serão reprisados nesse mesmo dia, às 16h e às 19h30, no Centro Cultural Banco do Brasil.
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