O aumento no número de seqüestros relâmpago no Distrito Federal alertou a Polícia Militar, que começou nesta sexta-feira (14/11) uma campanha de prevenção ao crime. O lugar escolhido para iniciar a ação foi a Universidade de Brasília (UnB) onde no dia 3 de novembro uma aluna foi abordada por dois homens armados quando estacionava o carro na faculdade de Estudos Sociais Aplicados (FA). A universidade também é considerada pelo delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), Antônio Romero, como a "área mais vulnerável" de toda a Asa Norte.
Segundo o coronel Alberto, comandante do 3º Batalhão da PM, a campanha vai distribuir uma cartilha com dicas e levar orientação para a população de todo o DF. O trabalho será feito até a primeira semana de janeiro em locais de grande movimento de pedestre e motoristas. "Nessa época de fim de ano aumenta o número de pessoas na rua e também a circulação de dinheiro, o que acaba atraindo esse tipo de bandido", explicou o coronel.
Dicas
O coronel disse que dicas simples podem ajudar a evitar o crime e ajudar a diminuir os casos. De acordo com Alberto de janeiro a outubro de 2008 foram registrados pela polícia seis casos a mais do que o número registrado no mesmo período de 2007. Apenas nos últimos cinco dias, foram quatro ocorrências. A ultima foi uma jovem de 29 anos seqüestrada no estacionamento do prédio da Radiobrás, na 502 Norte.
Entre as orientações para a população esta o cuidado redobrado ao entrar e sair do carro em grandes estacionamentos. De acordo com o comandante do 3º Batalhão esses criminosos agem principalmente em grandes estacionamentos e na chegada das pessoas dentro das quadras. Nesses casos o coronel Alberto alerta que eles podem estar em situações pouco suspeitas como capinando uma área ou vestidos de vendedores. "Se a pessoa entrar na rua e ver alguém suspeito o melhor e dar a volta com o carro e ligar para a polícia no 190", alerta.
A cartilha também trás dicas como não falar ao celular dentro do carro, evitar ficar dentro do carro parado e jamais reagir se for abordado. "A pessoa deve tentar guardar as características físicas dos bandidos, mas jamais reagir e só depois de liberada ligar para a polícia para denunciar o crime", explica o coronel Alberto.
Durante o seqüestro
A cartilha distribuída pela PM sugere que a vítima do seqüestro-relâmpago:
- mantenha a calma, principalmente durante os primeiros minutos da ação, que são os mais perigosos;
- fale apenas quando o seqüestrador demandar;
- não ofereça sugestões, elas podem ser interpretadas como ordens.