Jornal Correio Braziliense

Cidades

População do DF precisa se proteger mais contra o câncer de pele

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A população do DF deve ficar atenta ao câncer de pele. É o que prova o balanço do mutirão gratuito para detecção precoce de câncer de pele realizado no último sábado (08/11) no Parque da Cidade. Das 815 pessoas que foram examinadas pelos profissionais da Sociedade Brasileira de Dermatologia, 60 foram recomendadas a fazer cirurgia ou outros tratamentos por estarem com o câncer ou o princípio da doença. A previsão do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é de que, em 2008, sejam registrados no DF 480 casos em homens e 460 em mulheres, uma média de 46 casos para cada 100 mil habitantes, valor intermediário se comparado ao restante do país. A estimativa é que, em Santa Catarina, estado com maior índice do país, sejam detectados 131 casos para cada 100 mil homens (86 entre as mulheres), enquanto Roraima deve apresentar menos de 8 casos para cada 100 mil homens (13,8 entre as mulheres). Nem somente o descuido pode levar ao câncer de pele. A sensibilidade ao sol, a pele clara e mesmo o histórico familiar são fatores importantes para evitar a doença que acomete mais de 115 mil habitantes por ano no país. O que não retira a responsabilidade de cada um na prevenção do câncer. Só protetor solar pode não ser suficiente. ;Tem que evitar também a exposição exagerada ao Sol por longos períodos. O melanoma (tipo mais raro e mais sério do câncer) pode surgir a partir de uma queimadura solar;, alerta a coordenadora de Ações Programáticas de Câncer de Pele da Secretaria de Saúde, a dermatologista Roula Kozak. Cuidados que passam despercebidos também podem fazer toda diferença. ;Às vezes, as pessoas passam protetor solar de maneira regular, o que é muito importante, mas esquecem a orelha. Há muitos casos de câncer de pele na região da orelha;, afirma a coordenadora. A nuca é outro exemplo de região menos lembrada na hora de proteger o corpo do Sol, seja com roupas ou protetor solar.