A ação realizada pela Secretaria de Saúde do DF no Lago Norte e Varjão para identificar cães portadores da leishmaniose está perto do fim. No Lago Norte, em duas semanas o laudo de todos cães submetidos ao teste estará pronto e os donos dos animais infectados devem ser notificados por telefone e chamados a comparecer à Divisão de Vigilância Ambiental para receber orientações.
Muitos donos, porém, já se anteciparam e pegaram o laudo de seus cães antes da finalização do processo, levando os animais contaminados a veterinários particulares e submetendo-os a eutanásia. A afirmação é do gerente de Controle de Zoonoses da Vigilância Ambiental, Rodrigo Mena. Embora a notícia de ter o cachorro infectado deixe a família impactada, Mena afirma que, no final, as pessoas compreendem e tomam a decisão necessária. ;Depois que os sintomas aparecem ou outro teste confirma, elas entendem;, diz. Ainda não há números sobre quantos cães deverão ser sacrificados.
No Varjão, os fiscais da Saúde ainda estão em fase de coleta nas casas, que deve durar mais duas semanas. A ação na área foi motivada pela proximidade com o Lago Norte, já que o mosquito-palha, potencial transmissor da doença para humanos, foi encontrado na região.
Inicialmente, operações extensas como as do Lago Norte e Varjão, não estão previstas para outras regiões do DF. Segundo a subsecretária de Vigilância à Saúde, Disney Antezana, essas ações serão feitas à medida que se mostrem necessárias dentro dos critérios adotados pelo Ministério da Saúde. Não há nenhuma área sob risco, no momento.
No DF, as áreas rurais de Sobradinho e de Sobradinho II permanecem sendo o principal foco de atenção da secretaria. O primeiro caso de transmissão humana, em 2005, e de morte, em 2006, ocorreram em Sobradinho. A vítima foi a menina Renata dos Santos, de seis anos.