Na tentativa de evitar mais desgaste público, os donos do Le Cirque decidiram recolher as lonas e desmontar o picadeiro. Após uma semana de embates intensos com a Polícia Civil, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e organizações de proteção dos animais, eles desistiram de se apresentar na capital federal. Já na manhã deste domingo (17/08) iniciaram a retirada das arquibancadas. O circo vai deixar Brasília em até dois dias, prazo estimado pelos funcionários a estrutura ser recolhida.
A polêmica sobre as apresentações da companhia circense na capital federal teve início quando o Ibama informou ter constatado maus-tratos em animais que acompanham o Le Cirque, durante vistoria. Desde então, a situação só foi piorando e chegou ao ápice no sábado (16/08), quando, de posse de um mandado de busca e apreensão, policiais foram ao circo apreender os 14 bichos da empresa, alguns em extinção, como o hipopótamo e o rinoceronte branco.
A operação policial, a Arca de Noé, foi frustrada. O dono do Le Cirque se antecipou e retirou todos os animais de Brasília na noite de sexta-feira. A explicação para o sumiço dos cinco elefantes, duas girafas, pôneis, macacos entre outros, foi irônica: ;Acionamos o David Copperfield;, diziam no sábado, aos risos. O advogado da companhia, Luiz Sabóia, disse ter orientado os donos da empresa a retirar os animais de Brasília para pedir à administração um alvará para que o circo pudesse se apresentar sem os bichos.
Leia mais sobre a polêmica envolvendo o Le Cirque na edição desta segunda-feira (18/08) do Correio Braziliense