Wilham da Silva Chaves, 38 anos, foi preso na tarde desta quarta-feira (9/07) por policiais militares na estrada de terra que liga o Setor de Abastecimento e Armazenagem Norte (SAAN) à Estrutural por conduzir uma menina de 11 anos em sua moto, sem o consentimento dos pais. O homem já cumpriu pena de dois anos e sete meses por tentativa de estupro e encontrava-se em regime de prisão domiciliar.
Cabo Alcântara, policial que comandava a equipe, explica que o acusado não teve tempo de abusar da menina. "Achamos estranho quando avistamos uma moto sendo conduzida por uma pessoa com uma jovem na garupa, sem capacete. O que me chamou mais a atenção é que a estrada é bem isolada, em uma área de cerrado bem denso", explicou.
Depois do questionamento dos oficiais, a garota, moradora da Estrutural, não falou muito e, a princípio, concordou com as histórias de Wilham. "Em seguida, fiquei conversando com o rapaz, enquanto o outro policial conseguia mais informações com a menina. Ela informou que não conhecia o homem, mas que ele a chamou na porta de sua casa e sabia o nome de sua mãe. A história que contou foi que, a pedidos da mãe, a menina devia ir com ele pegar uma encomenda no SIA", relata Alcântara.
A garota disse não sabia como o homem conhecia seu nome, já que nunca o tinha visto antes. No caminho, Wilham perguntou se ela tinha namorado, o que gostava de fazer e onde estava estudando.
Já Wilham afirmou aos policiais que conhecia a mãe da garota e que estava levando ela a pedidos da responsável. "Como vimos que as histórias não batiam, decidimos procurar o histórico dele e vimos a condenação por estupro e o cumprimento da prisão domiciliar", ressaltou o comandante da viatura.
Wilham da Silva Chaves foi levado a 8ª Delegacia de Polícia do SIA. O homem de 38 anos foi acusado de seqüestro qualificado para fins libidinosos, além de ter a carteira de habilitação recolhida por trafegar com um passageiro menor de idade sem capacete. A moto foi levada ao depósito do Departamento de Trânsito.
Alívio da família
Os pais da menina de 11 anos não sabia do paradeiro da filha e estavam muito preocupados com a notícia dos vizinhos que ela tinha sido levada por um desconhecido. "Eles estavam visivelmente emocionados e agradeciam o tempo todo por nada ter acontecido à garota", acrescentou o cabo Alcântara.