Policiais militares salvaram Magaly Alves de Oliveira, 46 anos, de uma agressão coletiva, na manhã desta quarta-feira (09/07), em Taguatinga. Cerca de 30 pessoas a cercaram em um prédio no centro da cidade, quando dava uma palestra sobre os programas habitacionais do Governo do Distrito Federal. Os manifestantes estavam furiosos porque teriam sido vÃtima de golpes praticados por ela. Disseram ter entregue, há um ano, até R$ 15 mil à mulher com a promessa de ganhar um lote por meio de convênios com o governo local. Mas ninguém recebeu terreno algum.
Presidente do Conselho Administrativo e Participativo do Guará (Conag), que representa 22 cooperativas habitacionais, Magaly estava sumida desde o fim de 2007, segundo suas supostas vÃtimas. Ontem, ela foi levada pelos PMs para a 12ª Delegacia de PolÃcia (Taguatinga Centro) e, em seguida, transferida para a 4ª Delegacia de PolÃcia (Guará). Mas acabou o dia em liberdade, após prestar depoimento. Dependendo das investigações, pode ser presa por meio de ordem judicial.
O caso está com a 4ª DP porque na delegacia do Guará há 18 ocorrências contra Magaly de Oliveira. Todas por acusação de golpes à frente das entidades habitacionais que comandou. Além da Conag, ela presidiu a Associação dos Moradores Amigos do Guará (Asmag). ;Quando o Conag ficou com a fama ruim, ela partiu para a Asmag;, contou o delegado Joás Rosa de Souza, adjunto da 4ª DP. Em pesquisa no site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, o Correio encontrou seis ações cÃveis contra a mulher.
Prisão temporária
O delegado Joás de Souza afirmou que Magaly ;é uma estelionatária profissional;. ;Apesar do grande número de ocorrências, até hoje não havÃamos conseguido ouvi-la sobre nenhuma delas;, observou o delegado. Em frente a delegacia, dezenas de pessoas que diziam ter sido lesadas esperaram para ver Magaly. ;Ela representava 22 cooperativas que não conseguiram se cadastrar no governo e cobrava de R$ 3 mil para cima de cada associado, com a promessa de regularizar a situação e conseguir os terrenos;, acusou Miracy Mendes, presidente da Associação dos Sem Habitação (Asha) do Guará.
O delegado adjunto da 4ª DP (Guará) Joás Rosa de Souza, fala sobre o golpe das cooperativas habitacionais: