Adolescentes do Varjão fizeram, na manhã desta quarta-feira (25/06), uma manifestação contra o trabalho infantil. A caminhada saiu da porta da creche comunitária Rafael Gregório e foi até a Escola Classe da cidade, onde houve a entrega de folderes.
Participaram da mobilização meninos e meninas de 15 a 16 anos, integrantes do programa Pró-jovem, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) e jovens atendidos pelo programa Renda Minha.
Uma nova panfletagem será realizada na tarde de hoje, em frente ao Península Shopping e no Deck do Lago Norte, onde crianças costumam pedir esmolas e cobrar para vigiar carros. "Estamos chamando a atenção das pessoas para que elas fiquem mais alertas a essa realidade", explica a orientadora do Pró-Jovem Varjão, Marta Cristine Guerra, que está coordenando os trabalhos de panfletagem de hoje. Segundo elas, funcionários das lojas denunciaram a presença de crianças no local a partir das 21h.
A passeata no Varjão fez parte do programa de atividades da Sedest no combate à exploração da mão-de-obra de crianças, iniciado no dia 12 de junho, Dia Mundial da Erradicação do Trabalho Infantil. A evento teve o apoio do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e será realizado em outras regiões administrativas. Na sexta (27/06) a mobilização será em Planaltina. No sábado é a vez de moradores da Estrutural participarem da mobilização.
As três cidades (Varjão, Estrutural e Planaltina), aparecem como áreas vulneráveis ao trabalho infantil no mapeamento feito do Cras para definir ações contra o problema. Entre as ações programadas pelo centro estão palestras, gincanas e fixação de cartazes também no Gama, mas ainda sem data definida.
A secretaria alerta a população para não comprar flores, panos de prato ou balas de menores. A Sedest também criou uma alternativa de denúncia de casos de trabalho infantil por meio do telefone 156. Os interessados devem apertar a opção 1 para relatar a exploração.