As escolas públicas do Distrito Federal vão passar por uma grande vistoria do Corpo de Bombeiros para detectar problemas que possam colocar em risco a segurança de alunos e professores. Uma operação inicial, que começa na proxima segunda-feira (23/06) e vai até 25 de julho, fiscalizará mais de 140 das 617 escolas públicas. Até o final do ano, o Corpo de Bombeiros espera inspecionar todos os estabelecimento da rede pública do DF.
Na operação serão mobilizados 35 bombeiros e 23 viaturas, que vão vistoriar as instalações das escolas e orientar as direções dos estabelecimentos sobre possíveis riscos que existirem. As escolas do Cruzeiro e da Octogonal serão as primeiras a serem inspecionadas. Em seguida virão as das asas Norte e Sul e das cidades-satélites. No fim da operação, em julho, será elaborado um relatório sobre os problemas identificados, a ser encaminhado à Secretaria de Educação. A operação comemora os 152 anos do Corpo de Bombeiros.
O coronel Luiz Blumm, que coordenará as equipes na ação, disse que a operação vai intensificar o trabalho de vistoria de rotina já realizado pelos bombeiros nas escolas. Segundo o coronel, o incêndio ocorrido na escola pública Almirante Tamandaré, em Valparaíso (GO), no sábado, e a morte do menino Felipe Assis de Oliveira, de 4 anos, na creche Associação para a Infância Anjos de Deus, em São Sebastião reforçaram a necessidade do projeto, que já estava em estudo. Felipe caiu de um balanço e bateu a cabeça no piso de cerâmica.
Alerta
;A fiscalização será educativa. Não terá caráter de punição. Vamos alertar as direções das escolas sobre os problemas que encontrarmos. Várias já foram verificadas durante as ações rotineiras que fazemos. Vamos é fortalecer esse trabalho para que todas as escolas do DF estejam inspecionadas até o final do ano;, informou Blumm.
Segundo ele, os principais problemas que os bombeiros costumam identificar nas inspeções são escadas sem corrimão ou piso antiderrapante, extintores de incêndio com prazo de validade vencido, em número insuficiente ou mal distribuídos nos ambientes da escola e falta de sinalização das saídas de emergência.
;É lógico que, se encontramos um fio desencapado, que traz risco aos estudantes e professores, solicitamos imediatamente que a escola isole o local e providencie logo o conserto. Quanto aos problemas que precisam de solução urgente, pedimos providências rápidas da direção da escola;, destacou o coronel.
Blumm disse que, se os brinquedos no parque de um colégio não estão em boas condições de uso, os bombeiros solicitam à direção da escola que um engenheiro mecânico avalie os aparelhos e se responsabilize pela segurança e pelos consertos necessários. O coronel informou que a operação do Corpo de Bombeiros atende também um pedido da Promotoria da Justiça da Educação do Distrito Federal (Proeduc), encaminhado em abril, solicitando o reforço das vistorias nas escolas públicas do DF.