Mais uma pessoa foi presa acusada de comercializar ilegalmente medicamentos, suplementos alimentares e anabolizantes. Um homem, cujo nome não foi divulgado, foi detido em São Miguel Paulista, na Grande São Paulo. Ele e o irmão - que tem mandato de prisão, mas está foragido - seriam os responsáveis por remeter os produtos de São Paulo para o Distrito Federal via Sedex. A prisão contou com a ajuda da Polícia Civil paulistana.
Essa seria uma das três formas pelas quais os anabolizantes, suplementos e medicamentos chegavam ao DF. A segunda maneira ficaria sob a responsabilidade de uma das mulheres presas na semana passada. Segundo a polícia, ela organizava excursões para comprar muamba no Paraguai e trazia junto os anabolizantes. Em sua casa foram encontradas listas para a compra de remédios. O terceiro meio utilizado pelos acusados era de receber a droga, pelos Correios, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
A quadrilha foi desmantelada no dia 11 de junho pela Operação Bomba Atômica da 1ª Delegacia de Polícia (DP) do DF, quando dez pessoas foram presas. Foram dois meses de investigação iniciada através de denúncia anônima. Segundo a delegada Marta Vargas, a maioria dos presos são jovens de classe média alta, estudantes universitários, filhos de comerciantes e advogados. Ela também informou que nomes de pessoas públicas estariam na lista dos envolvidos. A operação contou com a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitára (Anvisa) e o Departamento de Vigilância Sanitária do DF.
A Operação Bomba Atômica percorreu casas e estabelecimentos comerciais do Plano Piloto, Lago Sul, Guará, São Sebastião, Taguatinga e Sudoeste. Os produtos eram oferecidos em lojas de academias, farmácias e até em um lavajato nesses setores. Os anabolizantes também eram vendidos pela internet, inclusive para outros estados. Os oito homens do grupo estão na carceragem do Departamento de Polícia Especializada. As duas mulheres, no presídio feminino.