O secretário de Transportes do Distrito Federal, Alberto Fraga, vai apresentar na tarde deste sábado (07/06) uma proposta de acerto a rodoviários e patrões. Ele espera que haja um acordo definitivo entre as partes no encontro, marcado para as 17h. Fraga adianta que os rodoviários terão de ceder em algumas exigências, como a redução da jornada de trabalho para 6h.
;Nesse momento, essa medida é inviável. Implicaria no aumento de 15% no gasto das empresas;, comenta o secretário. Ele garante que, no entanto, os trabalhadores só vão recusar a proposta elaborada pelo governo se quiserem mesmo a greve. ;Se eles recusarem nossa proposta é porque querem a greve de qualquer maneira. Se isso acontecer, vamos jogar duro;, afirmou.
Pela manhã, técnicos da Secretaria de Transportes se reuniram com representantes das empresas de ônibus para discutir as divergências entre as planilhas elaboradas pelo governo e pelos patrões. Não houve acordo. Segundo Fraga, os cálculos são feitos de maneira diferente. Ele exemplifica que uma das diferenças está no valor da depreciação da frota.
O secretário diz que as contas feitas pelas companhias são baseadas na depreciação de carros 0km e não em veículos antigos como os que estão em circulação. ;Pela primeira vez, o governo elaborou uma planilha como essa. É por isso que os empresários estão estranhando. Mas não vamos abrir mão dos nossos dados;, garante.
As partes divergem também quanto à lucratividade do setor. Para os funcionários houve um acréscimo de 30% na receita desde a retirada das vans do transporte alternativo das ruas. Já os empresários argumentam que só é possível conceder aumento de salário se a tarifa subir.
O governo local, que já descartou a possibilidade de reajustar as passagens, defende que a situação não é tão ruim quanto alardeiam os patrões nem tão confortável como pensam motoristas e cobradores.