A Delegacia de Repressão à Roubos (DRR) prendeu, durante a madrugada desta segunda-feira (02/06), integrantes de uma quadrilha especializada em roubos à empresas e postos de combustível. Com o dinheiro dos crimes, o grupo já teria movimentado aproximadamente R$ 400 mil e adquirido vários bens. Eles atuavam somente nos fins de semana com máscaras que cobriam os rostos e armados. O último alvo foi uma empresa frigorífica, no Setor de Industrias de Ceilândia, local onde a polícia realizou as prisões.
Uma série de roubos em Taguatinga, Asa Norte, Gama, Ceilândia e no Setor de Industrias e Abastecimentos (SIA) era investigada pela DRR. O modo de agir em todos os crimes era o mesmo: um grupo de três ou quatro pessoas chegava no estabelecimento durante a madrugada, todos com capuz e armados, rendiam o vigia e quem mais estivesse no local. Com fitas adesivas, imobilizavam as vítimas, para depois com uso de ferramentas e pés-de-cabra arrombar cofres e portas em busca de dinheiro e objetos de valor.
Na madrugada desta segunda-feira (02/06) não foi diferente. Três pessoas estavam em uma empresa frigorífica, em Ceilândia, e em um ponto mais afastado Ricardo Gonçalves dos Santos, 29 anos, ficava de olheiro para avisar, caso a polícia aparecesse. Com informações conseguidas durante a investigação, a DRR soube que o carro em que estava o olheiro era usado pela quadrilha e montou uma operação para desbaratar o grupo. "Abordamos o elemento que aguardava os demais para a fuga. Depois tentamos encontrar qual empresa estava sendo roubada", relata o delegado-chefe da DRR, Watson Warmling.
A procura
Equipes da Polícia Civil começaram imediatamente uma busca no Setor de Industrias da Ceilândia na tentativa de encontrar o local que era assaltado. Quando chegaram ao frigorífico alvo da ação criminosa, encontraram o vigia com sua esposa amarrados com fitas adesivas, além de várias portas arrombadas. Foi dado início à nova busca, agora pelos bandidos.
Ainda nas proximidades do frigorífico encontraram Gilson Soares da Cruz, 34 anos, também conhecido como baiano. Ele havia pulado alguns muros e estava escondido sob uma pilha de carvão. Para surpresa dos agentes policiais, o homem todo sujo de fuligem era o líder da quadrilha.
Os outros integrantes do grupo fugiram a pé e não conseguiram levar nada de valor. Segundo o delegado Warmiling, o grupo é de alta periculosidade. "Estamos com nossa equipe na rua na tentativa de prender outros integrantes da quadrilha. Já identificamos dois", afirma o delegado. "Na residência de um deles foi encontrada munição de uso restrito (.40), e carregadores de pistola do mesmo calibre", emenda. Os principais alvos do grupo eram postos de combustível.