Há exatos 200 anos, em 1º de junho de 1808, o Correio Braziliense era lançado em Londres, saído da oficina de W. Lewis. Era o primeiro jornal brasileiro, produzido em terras distantes para cumprir seu destino: ser um jornal livre, com idéias iluministas e doutrinárias, que criticava os atos da Corte portuguesa que impediam o crescimento do Brasil. Para marcar o bicentenário do nascimento da imprensa brasileira, que surgiu com Hipólito José da Costa, o Correio brinda o leitor, hoje e amanhã, com presentes especiais: edição impressa especial, história em quadrinhos, revista em papel couchê e concerto musical.
Hoje, circula encartada no Correio a revista em quadrinhos O pai da imprensa brasileira. A publicação conta, numa linguagem simples e lúdica, um capítulo especial da história brasileira, relatada a partir de ponto de vista único: a biografia de Hipólito, o Patrono da Imprensa do Brasil. São 14 páginas de uma narrativa envolvente e de recursos visuais leves, adotados para conquistar a garotada. Tudo começa com a visita escolar do menino Fernando ao Museu da Imprensa Nacional. Ali, o estudante se vê diante de um personagem desconhecido, sobre o qual terá de escrever uma redação.
Curioso, ele aceita a ajuda de Alfredo, um funcionário da instituição que conta os fatos marcantes da vida de Hipólito. Um deles: a fuga do cárcere em Lisboa, onde o jornalista ficou preso durante três anos e meio, processado pelo Tribunal do Santo Ofício ; a antiga Inquisição ; e acusado de participar da maçonaria, organização que na época era considerada subversiva. Quadrinhos em tons diferentes mostram imagens históricas, levando o menino à época em que viveu Hipólito. O estudante descobre ainda um episódio sobre a criação de Brasília e como o Correio tornou-se o primeiro jornal da cidade.
Outros mimos
O Correio também preparou para amanhã duas surpresas para os leitores, além de um grande concerto a céu aberto para comemorar com Brasília os 200 anos da marca que nomeia o primeiro jornal da capital. Uma revista especial, feita em papel couchê, que remonta aos principais fatos da imprensa brasileira, e uma edição histórica do jornal, com fatos, fotos e programação visual comemorativa, inspirada na Era Joanina e no iluminismo.
É amanhã também o grande dia do concerto que homenageia o tenor Luciano Pavarotti, um dos maiores intérpretes contemporâneos da música erudita mundial, morto em 2007, aos 71 anos. A festa, montada na área externa da Torre de TV, reunirá música clássica e som popular. Sob a regência de Silvio Barbato, a apresentação juntará, no mesmo palco, a Orquestra Camerata, a cantora lírica brasiliense Luciana Tavares, o tenor paulistano Thiago Arancam ; que vive em Milão e está na cidade especialmente para a apresentação ; , além da cantora pop Fernanda Abreu e do guitarrista Andreas Kisser (Sepultura). O show, que começa às 19h, é de graça.
TRIBUTO A PAVAROTTI
Quando: domingo, 19h
Onde: área externa
da Torre de TV
Quanto: gratuito