Um ônibus da Viplan placa JHM 1754 ; DF foi alvejado, ontem, por uma bala na W3 Sul, na altura do banco Itaú. O incidente aconteceu por volta das 15h40. Segundo o cobrado Daniel Viana Araújo, 26 anos, aproximadamente 15 passageiros estavam no coletivo que fazia a linha Núcleo Bandeirante;W3Sul;Rodoviária. Na hora o carro seguia no sentido Núcleo Bandeirante;Rodoviária. Ninguém foi atingido pela bala. "Foi muito rápido, escutei uma pancada mas não percebi que era um tiro", contou assustado o cobrador Daniel Viana de Araújo. "A sorte é que era domingo e o ônibus não estava lotado. Também quase não tinha carro passando na pista", detalhou.
O projétil, que atravessou o ônibus de fora a fora, atingiu o vidro da janela da porta central do veículo, raspou uma das barras de apoio, na altura de uma das cadeiras, atingindo a janela do outro lado. O local onde a bala atravessou é reservado a passageiros com deficiência física, que fica no rumo da portal central. "Se tivesse um cadeirante ali já era", comentou Daniel. Logo após o disparo os passageiros foram transferidos para outro ônibus da empresa que passava pelo local.
O motorista Carlos Alberto Leite Soares, 53 anos, conta que não escutou nada na hora do disparo. "Por causa do motor não ouvi nada, só percebi que tinha acontecido algo pela movimentação agitada dos passageiros", relatou. "Depois que parei o ônibus ouvi as pessoas gritando: ;foi pedra, foi tiro?!’", lembrou. "É uma coisa que pode acontecer com qualquer um. É normal e estranho ao mesmo tempo. Normal porque esse tipo de coisa sempre acontece, estranho por que ninguém sabe de onde veio o tiro", avaliou Daniel, há cinco meses como cobrador.
Segundo o delegado de plantão Sérgio Ricardo Mattos, que investiga o caso, é complicado fazer qualquer tipo de avaliação sem uma investigação mais detalhada. O que só ocorrerá com a presença da perícia, hoje, no local do crime. "Falamos com moradores da redondeza e até agora não temos nenhuma informação sobre de onde poderia ter saído o tiro. Pode até ser brincadeira de adolescente", disse. "Tentamos achar o projétil, que possivelmente está do outro lado da W3, e não encontramos nada. Amanhã (hoje), com a presença da perícia no local é que podemos saber o ângulo em que a bala partiu", explicou.
Interrogado pela polícia, dois porteiros de um prédio da 304 Sul, situado nos fundos do banco Itaú, disseram que não viu nenhum suspeito passando pelo local na hora do tiro.