Começa nesta sexta-feira (09/05) o IV Congresso da União do Vegetal, no Centro de Convenções Brasil 21, onde mil pessoas vão discutir com juristas e cientistas o destino da religião nascida há 45 anos, no Acre, e que ficou famosa nos anos 80 pelo uso em seus rituais de um chá com propriedades psicoativas. O Hoasca é um conjuntos de ervas de origem amazônica, liberado pelas autoridades sanitárias brasileiras e americanas somente para uso em cerimônias religiosas. O tema ainda é polêmico.
Os integrantes da União do Vegetal (UDV) não fazem qualquer distinção de idade para participar de suas sessões. Grávidas, crianças e adolescentes também tomam o chá. Os pais dizem que não há qualquer perigo e que o Conselho Nacional Antidrogas (CONAD) permite a bebida para menores de 18 anos. Pesquisa realizada no ano passado pelo Diretor da Divisão de Psquiatria da Universidade da Califórnia com 75 adolescentes mostrou que a Hoasca não faz mal à saúde dos jovens, mas os estudos ainda não são conclusivos sobre as mudanças comportamentais dos usuários.
"Toda pesquisa científica não é definitiva. O estudo compara os adolescentes da União do Vegetal com outros e revela que os nossos são mais concentrados e mais ligados na família. É isso que nos importa: formar seres humanos melhores. Meus filhos tomam desde pequenos e são ótimos", diz James Allen, presidente da UDV.