Organizados pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), mais de mil estudantes se reuniram na manhã desta sexta-feira (09/05) para reivindicar o passe livre estudantil, a abertura de escolas à noite, a contratação de professores, a livre circulação da UBES nas escolas e a aceleração de aprendizagem como um apoio e não como uma obrigatoriedade. A manifestação aconteceu em frente à sede do Governo do Distrito Federal, o Buritinga, em Taguatinga.
"Nosso principal protesto é pelo passe estudantil. O estado tem o dever de garantir o acesso gratuito à educação pública de qualidade, é imprescindível que haja garantia do estudante ir e voltar da escola", diz o diretor regional do centro-oeste da UBES, Felipe Lima.
Uma comissão com sete alunos se reuniu com o subsecretário da juventude, Luciano Lima, e com o assessor da Secretaria de Educação, professor José Andrade. Os representantes do governo pediram que os estudantes detalhassem a proposta e voltassem na próxima semana. De acordo com Andrade, os secretários de Educação e de Transportes estarão no encontro, que ainda não tem data definida. "Tem coisas que só os secretários podem analisar. Nós desconhecíamos essa pauta de reivindicações, mas não temos nenhum motivo para não ter um clima amistoso com os estudantes", garante Andrade.
Mais protesto
Outra manifestação, sem nenhuma ligação com a primeira, aconteceu no DF na manhã desta sexta-feira. Cerca de 50 estudantes de escolas públicas reivindicam o passe-livre estudantil, o fim da implantação da teleaula, a contratação de professores, o aumento de verba e material e reclamam do possível aumento das passagens de ônibus, da entrada de empresas privadas nos colégios públicos e da empresa Fácil, entidade que permite a liberação dos passes.
Os manifestantes saíram dos colégios Centro de Ensino Médio da Asa Norte (Cean), na L2 norte, Centro de Ensino Médio Elefante Branco (Cemeb) e Censo, ambos na W3 sul. Na L2 norte os jovens tentaram fechar a rua colocando fogo em pneus. O Batalhão Escolar teve que conter os estudantes. ;Eles começaram com baderna e só foi pacífico depois que a polícia interviu. Se se repetir, vai todo mundo para a delegacia;, adverte o tenente coronel Nelson Garcia, comandante do Batalhão Escolar.
Os jovens dos três colégio se encontraram na Rodoviária de Brasília e seguiram para o Setor Comercial Sul, onde protestaram em frente à central de atendimento da empresa Fácil. Com faixas, apitos e megafones, os estudantes distribuiram panfletos, realizaram manifestações teatrais e prometem mais protestos.