Duas das vítimas do incêndio desta terça-feira (06/05) ocorrido em uma casa na Ceilândia morreram durante esta madrugada. A doméstica Maria Aparecida Alves Oliveira, de 20 anos, não resistiu aos ferimentos. Ela passou por uma escarotomia - cirurgia para retirada de pele queimada - às 21h30 desta terça-feira, e sua morte foi confirmada às 3h30 desta quarta.
A filha de quatro anos da doméstica, Leiriane de Fátima Alves, também morreu, à 1h50 da madrugada. Segundo o médico que as atendeu no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Marcello Caio, o calor excessivo pode ter queimado as vias respiratórias da menina.
Também vítima do incidente, Letícia Kelly Alves, de dois anos, permanece internada, mas como apenas respirou a fumaça no momento do incêndio, está fora de perigo. A outra criança acidentada, Pedro Neto Assis Alves, de nove meses, teve 25 % do corpo queimado - perna, rosto e tórax - ainda requer cuidados. O médico afirma que há a possibilidade de o menino ter problemas respiratórios até três dias após o acidente. Ambos também são filhos de Maria Aparecida.
O marido da doméstica, de 24 aos, que não quis se identificar, está no hospital para acompanhar os cuidados com a família. Ele vivia com Maria Aparecida há oito anos e eles moravam no local há dois meses. Ele conta que dormia em outro cômodo no momento do incêndio e, quando ouviu os gritos das crianças, tentou socorrê-las, mas conseguiu tirar apenas a mulher. O rapaz afirma ter acompanhado a família até o hospital e, em seguida, foi para a casa da avó. Ele só soube da morte da esposa e da filha às 8h desta manhã.
Sem explicação
O incidente aconteceu por volta das 16h desta terça-feira (06/05) e tomou conta de um apartamento em Ceilândia, na QNM 4, conjunto A. Estavam na casa Maria Aparecida Alves Oliveira e os filhos - Leiriane de Fátima Alves, Pedro Neto Assis Alves e Letícia Kelly Assis Alves.
Durante a operação de resgate, três policiais militares também se intoxicaram com a fumaça provocada pelo incêndio. O sargento F. Leão, o cabo Berivaldo e o soldado Assis foram levados ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde receberam cuidados médicos. Eles passam bem.
Ainda não há informações sobre o que teria provocado o incêndio. A Polícia Civil fez a perícia na manhã desta quarta-feira (07/05). O resultado das análises sai em 15 dias. O incêndio não se espalhou por outros apartamentos do prédio onde as vítimas moravam.