A Polícia Civil apresentou, na manhã desta quarta-feira (07/05), Michael Davi Ezequiel dos Santos, 21 anos, acusado de matar a jovem Isabela Tainara, 14 anos. O crime ocorreu em maio do ano passado, em Brasília. O inquério foi concluído e será encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal (MPDF).
Em coletiva à imprensa, o delegado responsável pelo inquérito, Ecimar Loli, disse que o ex-gari Michael confessou o crime, apontando ainda outros co-autores. Ao longo da investigação, no entanto, não foi constatado o envolvimento de outras pessoas no seqüestro e morte da adolescente.
Durante a apresentação de hoje à imprensa, o acusado negou envolvimento. Ele garantiu ter sido pressionado com violência física para fazer a confissão. O rapaz será indiciado por extorsão, mediante seqüestro seguido de morte e estupro. Ele pode pegar de 24 a 40 anos de prisão. Diferente do que foi cogitado anteriormente, ele não será levado a júri popular.
A polícia rebate Michael dizendo que os depoimentos foram filmados. O acusado, segundo Ecimar Loli, descreve a cena do crime com muitos detalhes e informações que só o autor poderia ter. O delegado diz que também se baseou em perícia e escutas telefônicas para concluir a investigação.
Caso
A estudante Isabela Tainara Faria desapareceu no dia 14 de maio do ano passado. Ela foi seqüestrada quando saiu da escola Brasas e seguia para casa, no Sudoeste, por volta das 18h30. No mesmo dia, a mãe de Isabela, Edite faria, recebeu um telefonema da filha, mas não conseguiu concluir a ligação.
O corpo de Isabela só foi encontrado 45 dias depois do seu desaparecimento, em um matagal atrás da QR 603 de Samambaia. Depois de quase uma ano de investigação, a polícia pediu a prisão temporária de Michael, no dia 13 de março. Ele morava ao lado do lote onde a garota foi achada.
Em depoimento, Michael disse que Isabela foi abusada sexualmente e asfixiada. O crime teria sido motivado por dinheiro, mas que a morte da garota teria levado à desistência do pedido de resgate.
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