O advogado de defesa do gerente do restaurante Bargaço de Fortaleza, João Luís Salviano Gomes, entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do DF, nesta sexta-feira (02/05). Luzivan Farias da Silva, 33 anos, está detido desde a última sexta-feira (25/04). A prisão do gerente foi decretada após seu depoimento sobre o assassinato do dono da rede de restaurantes Bargaço Leonel Evaristo da Rocha, morto a tiros no dia 15 de abril.
Segundo o delegado da 11; Delegacia de Polícia do Núcleo Bandeirante, Bartolomeu Araújo, a polícia temia que Luzivan deixasse Brasília e, por isso, decretou prisão temporária de 30 dias. Na ocasião, o advogado do gerente considerou a detenção desnecessária, pois seu cliente vinha colaborando com a polícia e não havia indícios que o apontassem como suspeito.
Nesta quarta-feira (30/04) a polícia divulgou o laudo cadavérico do dono da rede de restaurantes. O exame revelou que a vítima perdeu a vida ao sofrer um traumatismo craniano provocado por três disparos de arma de fogo. Os tiros atingiram o nariz, o ouvido e a face do empresário. Para o delegado-chefe da 11; DP, Bartolomeu Araújo, o resultado reforçou a tese de que Leonel morreu assassinado. Na quarta-feira (29/04) os investigadores do caso colheram o depoimento do taxista, que hospedou Luzivan até o dia de sua prisão. Ele limitou-se a dizer tudo que já havia sido contado pelo gerente.
Entenda o caso
O empresário Leonel Evaristo da Rocha, dono da rede de restaurantes Bargaço, foi assassinado no dia 15 de abril com três tiros no rosto. O crime aconteceu na BR ; 450. Na época o gerente do restaurante de Fortaleza (CE), Luzivan Farias da Silva, que estava com Leonel, disse que os dois estavam em um Corsa Sedan prata e seguiam rumo ao Núcleo Bandeirante onde o funcionário estava hospedado, quando dois homens armados os obrigaram a parar na rodovia.
De acordo com ele os dois mandaram o gerente sair do veículo e virar de costas. Enquanto isso, um deles deu três tiros no rosto da vítima. O Correio apurou depois que o gerente recebeu momentos antes do crime uma ligação no celular e que depois da ligação ele chamou o patrão para ir embora do restaurante. Desde o início a polícia trabalha com a hipótese de execução, já que os bandidos não levaram R$ 850, US$ 1.425 e 10 euros que estavam com o empresário e os tiros foram dados com o vidro do carro fechado. Após depoimentos do gerente e de testemunhas a polícia divulgou no dia 22 de abril o retrato falado de dois dos supostos assassinos.