Na tentativa de resolver os problemas de falta de professores em sala de aula, a Secretaria de Educação convoca outros 77 mestres e 88 orientadores concursados para que assumam postos nas escolas públicas brasilienses. Há um mês, o governo já havia feito uma primeira chamada para 230 professores e 290 orientadores. Mas, como parte dessa gente não apareceu, a solução foi chamar os nomes seguintes da lista. Os profissionais convocados foram aprovados em concursos realizados em 2004 e 2006.
Os professores darão aulas para as últimas séries do ensino fundamental ou para o ensino médio. A maior carência é por professores de matemática. Na lista prevista para ser publicada no Diário Oficial do DF de hoje, 34 dos convocados são da área de matemática. ;A dificuldade é porque o curso de Matemática é oferecido em apenas três faculdades do DF. O número de profissionais formados não atinge o total que a rede precisa;, explica a gerente de movimentação de Recursos Humanos da Secretaria de Educação, Jaqueline Domingues de Aguiar. Mestres das áreas de artes plásticas, biologia, física, sociologia e línguas também estão na lista da Secretaria de Educação.
A intenção da Secretaria de Educação é que os convocados comecem a trabalhar o quanto antes. Eles serão distribuídos nas regionais de ensino de Brazlândia, Santa Maria, Ceilândia, Recanto das Emas e Planaltina, que, no momento, são as mais necessitadas. A expansão urbana nesstas áreas e o crescimento da população de jovens motivou a criação de novas escolas e turmas nesstes lugares.
Novo sistema
Além das aposentadorias, exonerações e licenças de saúde que os professores pedem, outro fator que levou a Secretaria de Educação a reorganizar o quadro pessoal foi a criação do novo sistema de aceleração escolar . Os alunos com distorção idade/série passaram a ser matriculados em turmas especiais, o que aumentou a demanda por mestres na rede. O programa para corrigir a distorção idade/série foi criado em março deste ano, depois que as aulas já haviam começado.
Já os coordenadores chamados reforçam a estratégia da Secretaria de Educação de ter pelo menos um orientador por turno em cada escola brasiliense. A presença destes profissionais que fazem a ponte entre alunos, professores e pais é considerada fundamental para resolver problemas de desempenho escolar e, até mesmo, prevenir situações de violência nas escolas. Os orientadores e os professores convocados para ensinar 40 horas receberão salário de R$ 3.770. Já os mestres que trabalharão 20 horas ganharão R$ 1.100.