O interrogatório do delegado da Polícia Civil João Kleiber Esper foi marcado para o dia 6 de junho, as 13h30, na Vara Criminal do Paranoá. O juiz Francisco Antônio Alves da Oliveira, da Vara Criminal do Paranoá, aceitou a denúncia contra o delegado apresentada pelo Ministério Público do DF (MPDF). João Kleiber é acusado de ter cometido três crimes: prevaricação (retardar o ofício), supressão de documentos e violação do sigilo profissional. Caso seja condenado ele poderá pegar até nove anos de prisão.
A denúncia feita pelo Ministério Público é baseada em um inquérito policial aberto pela Corregedoria da Polícia Civil do DF (PCDF). O departamento identificou má conduta cometida pelo delegado, quando ele era lotado na 30ª DP (São Sebastião), em 2006. Na ocasião, Ésper colheu o depoimento do advogado Bruno Miranda Ribeiro contra o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros.
Bruno foi casado com a assessora parlamentar de Renan, Flávia Garcia, que acusou o ex-sogro, o empresário Luiz Carlos Garcia Coelho, de montar um esquema de arrecadação de dinheiro para Renan nos ministérios chefiados pelo PMDB, partido do Senador. Bruno alegou que se sentiu ameaçado e, por isso, procurou João Kleiber, que é amigo da família, para depor. Porém, as sete páginas de interrogatório permanece há sete meses na gaveta do delegado, que teria competência para apurar o caso.
João Kleiber é acusado de usar o depoimento para chantagear o empresário acusado por Bruno. Por causa disso o delagdo foi afastado da Polícia Civil em setembro de 2007.