Jornal Correio Braziliense

Cidades

Gerente é confirmado como suspeito

Luzivan Farias da Silva, que estava com o dono do Bargaço no momento de seu assassinato, pode ter sido o mandante do crime

Ao contrário do que foi dito por seu advogado, o gerente do restaurante Bargaço de Fortaleza, Luzivan Farias da Silva, havia sido convocado para prestar depoimento na delegacia nesta tarde (25/04) e o pedido de sua prisão temporária já havia sido feito nesta quinta-feira (24/04). Para o delegado da 11; DP que cuida do caso, Bartolomeu Araújo, o gerente ficará preso por ser forte suspeito de envolvimento no assassinato do empresário Leonel Evaristo da Rocha, no último dia 15 de abril.

Segundo o delegado, o acesso da polícia a Luzivan estava sendo dificultado e o único contato que se tinha era com o advogado, João Luís Salviano Nunes. Isso gerou a desconfiança na equipe de investigação de que o gerente ; que acompanhava a vítima no dia do crime ; planejava sair de Brasília e reforçou indícios de sua participação no assassinato. ;A partir desse momento, ele (Luzivan) deixa de ser vítima para ser configurado como suspeito do crime, e não se trata mais de latrocínio, mas de homicídio;, garantiu Bartolomeu Araújo.

Ao ser apresentado à imprensa, Luzivan gritou que é inocente e nada tem a ver com a morte do dono do Bargaço. ;O Leonel me interessava vivo, não morto;, esbravejou. A polícia ainda não tem notícias do paradeiro dos dois homens que teriam efetuado os disparos contra o empresário.

Entenda o caso
O empresário Leonel Evaristo da Rocha, dono da rede de restaurantes Bargaço, foi assassinado no dia 15 de abril com três tiros no rosto. O crime aconteceu na BR ; 450. Na época o gerente do restaurante de Fortaleza (CE), Luzivan Farias da Silva, que estava com Leonel, disse que os dois estavam em um Corsa Sedan prata e seguiam rumo ao Núcleo Bandeirante onde o funcionário estava hospedado, quando dois homens armados os obrigaram a parar na rodovia.

Segundo ele os dois mandaram o gerente sair do veículo e virar de costas. Enquanto isso, um deles deu três tiros no rosto da vítima. O Correio apurou depois que o gerente recebeu momentos antes do crime uma ligação no celular e que depois da ligação ele chamou o patrão para ir embora do restaurante. Desde o início a polícia trabalha com a hipótese de execução, já que os bandidos não levaram R$ 850, US$ 1.425 e 10 euros que estavam com o empresário e os tiros foram dados com o vidro do carro fechado. Após depoimentos do gerente e de testemunhas a polícia divulgou no dia 22 de abril o retrato falado de dois dos supostos assassinos.