Na manhã desta sexta-feira (25/04), uma equipe coordenada pela Subsecretaria de Defesa do Solo e da Água do Distrito Federal (Sudesa) derrubou 12 casas de madeira e 6 de alvenaria no Condomínio Pôr do Sol, em Ceilândia. No total, 180 construções da mesma região e do Condomínio Sol Nascente, feitas em uma Área de Proteção Ambiental (APA) e de domínio da Terracap, devem ser demolidas até a quarta-feira da próxima semana (30/04).
Segundo o gerente de operações da Sudesa, Major Maurício Gouveia, algumas casas foram levantadas próximas a uma nascente e em uma região que havia sido desmatada. Ele acrescenta que o local era observado pelos fiscais da subsecretaria, por GPS e via satélite, desde janeiro de 2007. Neste período, a equipe fez um levantamento das irregularidades e de obras que começaram há pouco tempo.
A derrubada integra a contra-partida do GDF do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público e o Ibama nesta quinta-feira (24/04). No documento, ficaram autorizadas as obras de infra-estrutura nos condomínios do Sol Nascente e Pôr do Sol, enquanto o governo se comprometeu a impedir que houvesse novas construções na região.
Os moradores do condomínio não resistiram à demolição e puderam escolher entre ir para um albergue ou receber dinheiro do Governo do Distrito Federal (GDF) correspondente a três meses de aluguel. A maioria dos moradores, no entanto, preferiu alojar-se na casa de familiares. Os móveis poderiam ser encaminhados para um depósito do governo ou para um endereço regularizado de algum parente.
Ao todo, participam da derrubada 70 pessoas de 21 órgãos, como Sudesa, Terracap, Polícia Militar e Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho (Sedest). A operação continua ainda nesta tarde.