Os senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito das ONGs querem a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-diretor executivo da Editora UnB. Alexandre Lima prestou depoimento à CPI nesta quarta-feira (23/04), onde tentou explicar a liberação de R$ 14 milhões para a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Saúde.
O pedido de quebra dos sigilos foi feito pelo autor do requerimento da convocação, senador Álvaro Dias (PSDB-Paraná). No entanto, não foi votado por falta de quórum. E, por isso, deve ser votado na próxima sessão ainda sem data marcada. Para Dias, existem elementos suficientes para a solicitação. " senhor sai daqui com maior dose de suspeição", afirmou o senador.
Essa é a segunda convocação de Lima. Ele faltou à sessões de três semanas atrás, alegando problemas de saúde, mas não informou a doença nem seu estado de clínico.
Alexandre Lima também é investigado pelo Ministério Público Federal e do DF. Procuradores da República e promotores de Justiça apuram convênios firmados por fundações de apoio à Universidade de Brasília (UnB) que eram gerenciados por ele.
No processo, eles deixam claro a suspeita de que o ex-diretor enriqueceu com verbas da Fundação Nacinal de Saúde (Funasa), por meio de convênio com a Fundação Universidade de Brasília (FUB), em 2004. Conforme o Correio revelou, Lima teve movimentação financeira incompatível com as declarações de renda referentes a 2004, 2005 e 2006. Ele aumentou seus rendimentos sete vezes de um ano para o outro.