Com sol ou chuva, ontem pelo menos 25 mil foliões, de todas as idades foram às ruas da capital acompanhar a animação dos blocos na Asa Sul, Asa Norte, e Taguatinga. Apesar do grande número de pessoas reunidas para festejar o carnaval, houve poucas ocorrências. Tudo ocorreu em clima de tranquilidade.
Franklin Torres, 68 anos, um dos fundadores da bloco Galinho de Brasília, da Asa Sul, conta que a agremiação começou logo depois do confisco que o governo Collor promoveu na poupança, em 1990. ;Como ninguém tinha dinheiro naquele ano para viajar, resolvemos festejar na rua. Éramos 23 pessoas apenas;, afirmou.
O bloco enfrentou o aperto que a crise financeira está impondo a todos os brasileiros. Dos 20 passistas planejados para virem este ano do Recife, apenas cinco dançavam no abre-alas. Mesmo com seis patrocinadores e arrecadação na internet, o dinheiro não deu para trazer mais. A prefeitura entrou com o caminhão do trio elétrico e os 40 banheiros químicos. ;A crise está grande, mas o carnaval está no sangue de todo mundo aqui no Brasil. As mágoas e o sufoco vamos deixar para quarta-feira de cinzas;, declarou Franklin.
Para as estudantes de Sobradinho Isabela Almeida, Julia Gomes e Sarah Barbosa, todas de 15 anos, o Galinho era novidade. Foi a primeira vez que vieram, acompanhada dos pais. ;A minha mãe veio sábado com a gente e viu que era tranquilo e bem família, por isso me deixou voltar hoje com o pai da Julia;, contou Isabela.
A publicitária Ivana Souza, 21, frequenta o Galinho desde os quatro anos de idade. Vinha com a família inteira. Ontem preferiu ir antes com a amiga gastróloga Marcela Raposo, de 22 anos, e ficar até o fim, para aproveitar a festa inteira. ;Somos todos de Pernambuco e temos o frevo na veia. Aqui é o lugar, para quem gosta desse rimo;, garantiu. Marcela também destacou o clima família, mas ressaltou que tem muito espaço para a paquera. ;Afinal, é carnaval, é bagunça;, resumiu.
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