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Sábado de pré-carmaval reúne 4 mil pessoas nas ruas de Brasília

No fim da tarde, os carnvalescos brasilienses ficaram mais animados e foram se divertir no Setor Bancário Norte. Mais cedo, com o sol quente, a baixa adesão aos blocos frustrou as expectativa dos organizadores



O último dia do pré-carnaval de Brasília levou menos pessoas às ruas do que o esperado pelos organizadores dos grupos carnavalescos. Os quatro blocos que saíram no Plano Piloto ontem reuniram, até as 18h, cerca de 8 mil pessoas. Com o sol forte e os termômetros marcando 28;C, a maioria dos brasilienses preferiu esperar a chegada do feriado em casa, quando os bloquinhos devem arrastar mais foliões durante os quatro dias de folia.

Naiara Alexandrino, 23 anos, desembarcou na capital no último dia 24. Ela veio de Salvador (BA) para morar com a irmã e disse que esperava mais animação dos brasilienses. ;Eu ouvi dizer que o carnaval daqui estava melhorando, mas achei um pouco fraco o pré-carnaval. Quem tem que fazer a festa é a galera;, brincou.



A soteropolitana se juntou ao Eixão 44, concentrado na altura da 107 Norte. O bloco entregou panfletos com orientações de segurança contra agressões e prevenção de DSTs. A estimativa era reunir 500 pessoas, mas apenas 30 compareceram. O grupo saiu da 107 Norte por volta das 16h e foi para a Praça dos Prazeres, na Comercial da 201 Norte, onde se uniu ao bloco Falta Pouco. Formado em 2011, a partir de um grupo de amigos, o bloco colocou os foliões para pularem ao som de marchinhas tradicionais tocadas por uma banda. No início eram aproximadamente 300 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar. Ao entardecer, os foliões chegaram animados. À noite, eles somavam cerca de 3 mil pessoas, superando a expectativas dos organizadores.

Além da banda, o som dos carros estacionados próximos à quadra reuniram foliões sob os ritmos do axé e do funk. A dona de casa Ligia Costa, 67 anos, foi para o Falta Pouco com o filho, a nora e o neto de 2 anos e meio. Mineira de Diamantina, ela disse que o carnaval de Brasília melhorou com o tempo, mas ainda falta muito para virar uma grande festa. ;Eu sempre passo o carnaval aqui e fico sem muita opção. Falta animação e não há muita programação para as crianças;, disse.



Mas teve gente que aproveitou o domingo para entrar no clima da festa mais popular do país. No segundo ano como baile carnavalesco, o Cafuçu do Cerrado reuniu cerca de 4,5 mil pessoas no Setor Bancário Norte. Contando com trio elétrico e uma orquestra, o bloco tocou frevos, marchinhas e música brega.

A concentração começou por volta das 15h e reuniu muita gente fantasiada. O empresário Luiz Alencar, 32 anos, usou o excêntrico traje de banho do personagem do cinema Borat. ;Eu tenho essa fantasia há algum tempo. Já fui para o carnaval em Goiânia e no Rio de Janeiro com essa roupa;, contou.

Muitas opções
Ele e a namorada, a empresária Mariana Sousa, 26 anos, costumam ficar o pré-carnaval em Brasília, mas preferem viajar para outros lugares no feriado. ;O carnaval daqui tem melhorado muito, mas ainda é bem fraco comparado com outras cidades do Brasil;, ressalta Mariana.

O servidor público Marcelo Ramos, 28, frequenta os bailinhos de Brasília há algum tempo e confessa que fica indeciso na hora de escolher a programação para o feriado. ;Antigamente, não tinha nada em Brasília. Agora tem dia que a gente tem que escolher em qual bloco vai sair;, disse.Ele e um grupo de amigos saíram em outros blocos no último fim de semana e estavam se programando para o próximo sábado, quando os blocos mais tradicionais da cidade irão às ruas.

A arquiteta Ana Gurgel, 28, prefere passar o carnaval em Brasília, mas por outro motivo. Ele avalia que é uma forma de economizar, uma vez que as passagens aéreas e hospedagem costumam ficar mais caras nesta época do ano. Natural do Ceará, foi a segunda vez em que pulou o pré-carnaval do Cafuçu. ;Eu prefiro viajar fora de temporada e também não posso me ausentar do trabalho. Mas aqui é bem tranquilo e animado;, destacou a Polícia Militar registrou algumas ocorrências de briga durante a festa e os envolvidos foram levados para a delegacia da área. Mas os desentendimentos, a maioria pelo excesso de bebida alcoólica, não implicou ferimentos em ninguém.