Boletim semanal produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indica que o risco de uma segunda onda de covid-19 aumenta nos Estados do Rio de Janeiro, Maranhão e Amapá. Nesses Estados, o primeiro pico de casos da doença foi registrado na primeira quinzena de maio; em junho houve queda constante, mas na segunda quinzena de julho o número de casos voltou a subir.
O aumento atinge também as capitais - Rio de Janeiro, São LuÃs e Macapá, respectivamente. A análise consta do Boletim InfoGripe referente à Semana Epidemiológica 30 (de 19 a 25 de julho). O estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-gripe) até 28 de julho.
Segundo o boletim, o número de novos casos semanais de SÃndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no paÃs estabilizou, mas os valores semanais ainda estão em nÃvel considerado muito alto. Os dados de SRAG estão associados à covid-19. Entre as ocorrências com resultado positivo para os vÃrus respiratórios, 96,7% dos casos e 99,1% dos óbitos ocorreram por novo coronavÃrus.
Entre os demais Estados e municÃpios brasileiros, Fortaleza apresenta sinal de estabilização, com sinal fraco de possÃvel retomada do crescimento, e Rondônia manteve crescimento lento.
O Paraná indica estabilização após perÃodo de crescimento; Amazonas, Roraima e Pará mostram estabilização após perÃodo de queda. Apresentam tendência de queda, após perÃodo de estabilização, ParaÃba, Minas Gerais e Distrito Federal. "Em Minas Gerais e Distrito Federal, o sinal ainda é fraco, sendo recomendada reavaliação no próximo boletim para confirmação", afirmou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe. "Como sinalizado nos boletins anteriores, a situação nas regiões e estados do paÃs é bastante heterogênea. Portanto, o dado nacional não é um bom indicador para definição de ações locais", disse.