A competição global pelo acesso a uma vacina contra a covid-19 já começou, antes mesmo de os testes das fórmulas criadas até agora terem chegado ao fim. Com isso, torna-se ainda mais difícil prever quando os brasileiros poderão ter acesso a uma imunização contra o novo coronavírus. A avaliação é do presidente do Hospital Albert Einstein, Sidney Klejner, .
"As vacinas que vão ser mais completas, acho, são aquelas que induzem imunidade dos anticorpos e também das células. E isso já está sendo testado neste momento, de forma bem precoce. Eu acho que a gente chega a uma vacina até o final do ano. Resta saber quando ela estaria disponível aqui para nós brasileiros em vista da competição que vai existir", avaliou Klejner (assista abaixo).
O sinal mais claro dessa competição, que deve favorecer as populações dos países mais ricos, ocorreu na quarta-feira, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fechou um acordo para o fornecimento de 100 milhões de doses de uma vacina desenvolvida pela aliança germano-americana Biontech/Pfizer, mediante o pagamento de quase US$ 2 bilhões.
A imunização desenvolvida pelas empresas é uma das que serão testadas em brasileiros. Mas as primeiras doses já têm destino certo. "Praticamente toda a produção de 2020 (dessa vacina) vai acabar indo para os Estados Unidos", disse Klejner.
A imunização desenvolvida pelas empresas é uma das que serão testadas em brasileiros. Mas as primeiras doses já têm destino certo. "Praticamente toda a produção de 2020 (dessa vacina) vai acabar indo para os Estados Unidos", disse Klejner.
Acordos trazem esperança
O que pode fazer com que o Brasil consiga as primeiras doses em 2021 são os acordos feitos com a Universidade de Oxford e com a empresa produtora da Sinovac, da China.
"Nós tivemos aqui a felicidade de acordos, como o do governo do estado de São Paulo com a empresa que faz a Sinovac, que já está sendo testada. Nesses acordos de teste, também está previsto o direcionamento de algumas amostras para o Brasil. A mesma coisa prevê a parceria da FioCruz com a Universidade de Oxford. O mais interessante é que ambas as organizações também estão desenvolvendo e capitaneando os recursos para o desenvolvimento de fábricas para que a gente tenha a produção dessas vacinas no território nacional", disse Klejner.
"Nós tivemos aqui a felicidade de acordos, como o do governo do estado de São Paulo com a empresa que faz a Sinovac, que já está sendo testada. Nesses acordos de teste, também está previsto o direcionamento de algumas amostras para o Brasil. A mesma coisa prevê a parceria da FioCruz com a Universidade de Oxford. O mais interessante é que ambas as organizações também estão desenvolvendo e capitaneando os recursos para o desenvolvimento de fábricas para que a gente tenha a produção dessas vacinas no território nacional", disse Klejner.