Correio Braziliense
postado em 17/07/2020 20:47
Após a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitir um informe afirmando que, diante das novas evidências científicas, "é urgente e necessário que a hidroxicloroquina seja abandonada no tratamento de qualquer fase da covid-19”, o Ministério da Saúde afirmou que considera reavaliar a orientação que dá sobre o uso da medicação desde o dia 20 de maio. Desde a data, a pasta incluiu oficialmente a cloroquina e a hidroxicloroquina como medicamento para tratamento precoce de pacientes com covid-19. “Se mudará as orientações? Provavelmente sim. A ciência muda dia após dia e novas informações vão chegando. [...] Da nossa parte não há problema nenhum em mudar a orientação, mas precisamos ir aos fatos, olhar as evidências e entender que as doenças tem várias fases e que cada pesquisa aborda uma fase diferente”, disse o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, em coletiva de imprensa.
Angotti afirmou que a nota informativa, assinada por sete secretarias da pasta, está “em constante revisão e aprimoramento”. “Ela está sendo revista, republicada e atualizada diariamente. Todos os dias estamos vendo quais são as evidências mais novas publicadas na literatura universal. Já somamos mais de 1000 evidências em quase 70 boletins”, disse.
Saiba Mais
Angotti ainda lamentou a polarização em torno do tema. “Essa polarização tem gerado desconforto entre pacientes e médicos.Vamos respeitar a competência dos nossos profissionais de saúde. Vamos respeitar o direito deles de prescrever, o direito do paciente de buscar aquele tratamento que melhor entende ser correto”, pediu.
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