"Há um platô. O Brasil tem agora a oportunidade de frear a doença e conter a transmissão do vírus, de tomar o controle”, afirmou Ryan. Ele detalhou que, atualmente, o Brasil não tem apresentado um crescimento no número de novos registros e, sim, uma estabilização, o que permite fazer a análise.
Fator que influencia diretamente neste panorama é a taxa de transmissão do vírus que, segundo a OMS, tem demonstrado quedas desde o fim de junho. O índice varia de 0,5 a 1,5 atualmente, sendo que, na fase de maior explosão de casos, estava entre 2 e 1,5. Taxas acima de 1 indicam que a transmissão do vírus ainda ocorre de forma descontrolada.
A tendência de queda também foi notada pela última análise do Imperial College de Londres, mostrando o Rt em 1,03, ou seja, um grupo de cem infectados é capaz de transmitir o vírus para outras 103 pessoas.
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Mesmo que em um processo de estabilização, os números preocupam, por terem estagnado em um alto patamar, com média de acréscimo diário de mais de 40 mil casos e mil mortes. Ontem, o país ultrapassou a margem de 2 milhões de infectados e continua sendo o segundo país mais atingido pelo novo coronavírus.