Brasil

Controle da pandemia no mundo

No atual cenário, a previsão da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) é de que o maior acumulado de casos e mortes no Brasil ocorra em agosto, assim como na Argentina, Bolívia e Peru. Chile e Colômbia devem estar vivenciando o pico da doença agora, já na Costa Rica, por exemplo, a curva deve começar a achatar em outubro. As estimativas, no entanto, dependem da manutenção do distanciamento social. Caso seja abandonado, países, estados e municípios ficam sujeitos a enfrentar surtos catastróficos de novos casos e óbitos. A doença pode matar 440 mil pessoas na América Latina até outubro. 

Um novo aumento de casos também é observado nos Estados Unidos. Enquanto Washington e Nova York têm números muito baixos de novos infectados e fatalidades, 27 estados norte-americanos registram crescimento. O país ainda não conseguiu controlar a doença para inferir uma nova onda de contágio.

Em países como China, Alemanha, Bélgica, Grécia, Singapura, Coreia do Sul e Austrália, que sofreram com a pandemia antes e voltaram a registrar novos casos recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz ser cedo para considerar uma segunda onda de covid-19, mas não descarta a possibilidade. “Às vezes, há casos esporádicos que, ao serem investigados, levam a novos focos, como eventos de contágio em massa em ambientes fechados. É preciso monitorar para evitar um segundo pico de infecções e voltar a ter que recorrer a confinamentos”, explicou o diretor de Emergências da OMS, Mike Ryan. 
 
Segunda onda
 
Enquanto, nesta semana, Pequim parou de registrar novas confirmações depois de um foco de contágio iniciado em junho, a Austrália precisou decretar novo confinamento para habitantes de Melbourne, a segunda maior cidade do país. A medida ocorre após a cidade do estado de Victoria anunciar 191 novos casos em um dia e deve durar, ao menos, seis semanas, afetando 5 milhões de pessoas. “Ninguém deseja ficar nesta situação, mas não podemos fingir que a pandemia terminou”, afirmou o primeiro-ministro de Victoria, Daniel Andrews, ao anunciar a decisão.

A Europa também se preocupa com novos surtos. Com quarentenas pontuais, Alemanha, Bélgica e Grécia monitoram a situação após explosões de casos, a fim de evitar que o contágio volte a se espalhar de forma descontrolada. “É preciso mostrar habilidade e rapidez para usar os dados desses focos de contágio, fazer diagnósticos e acompanhar casos, além de adotar o distanciamento físico”, afirmou o diretor de Emergências da OMS, Mike Ryan, ao se referir aos recentes acontecimentos como sendo um “segundo pico”, ao invés de uma “segunda onda.” (BL e MEC)