O Ministério da Educação e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) apresentaram, ontem, as novas datas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020. O calendário ficou assim: Enem tradicional: 17 e 24 de janeiro de 2021; Enem digital: 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021; Reaplicação: 24 e 25 de fevereiro de 2021; e Resultados: 29 de março de 2021. Porém, as datas das duas versões da prova contrariaram aquilo que foi apurado na enquete feita pelo MEC com os estudantes.
Para 49,7% dos candidatos, as melhores datas para o Enem impresso seriam 2 e 9 de maio de 2021 e, para o digital, o momento ideal seria 16 e 23 de maio. Outros 35,3% dos estudantes escolheram os dias 10 e 17 de janeiro (impresso) e 24 e 31 de janeiro (digital). Num percentual menor, de 15%, foram escolhidas as datas de 6 e 13 de dezembro (impresso) e 10 e 17 de janeiro (digital). A pesquisa com os candidatos foi definida pelo então ministro Abraham Weintraub, que pretendia manter o cronograma inicial –– provas em novembro ––, apesar de a pandemia ter afetado o calendário letivo deste ano.
De acordo com os representantes do MEC e do Inep, a sondagem aos alunos não foi o único critério de escolha –– explicaram que também houve consultas técnicas para encontrar uma opção adequada. Antonio Paulo Vogel, secretário-executivo do ministério, admitiu que “não é uma decisão perfeita e maravilhosa para todos”, mas que se buscou uma “solução técnica”.
Cecilia Motta, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), defendeu as datas escolhidas por permitirem “preservar o primeiro semestre” e, assim, possibilitar que sejam mantidos programas como Sisu (Sistema de Seleção Unificada), Fies (Financiamento Estudantil) e ProUni (Programa Universidade para Todos).
Segundo Alexandre Lopes, presidente do Inep, estão sendo tomadas medidas para preparar uma edição física que atenda as medidas de segurança e saúde.