De acordo com o novo regulamento, quando os estudantes estiverem em um centro com modelo misto (ensino presencial e a distância), terão de provar que estão matriculados no número máximo de aula presenciais para preservar seu visto.
O estudante Ian Martins vive há quatro anos no Estado de West Virginia e cursa marketing na Universidade de Charleston. Divide a casa com a namorada e decidiu permanecer nos EUA mesmo com a interrupção das aulas presenciais. Também não cogitou arrumar as malas após a recente ameaça.
Ian está adaptado. É goleiro titular no time da faculdade, atual campeão nacional. Ele não imagina que o governo dos EUA vá suspender os vistos e mandá-lo de volta de uma hora para outra. "É uma tentativa de tentar forçar as universidades a reabrirem com aulas presenciais. Apesar de estarmos com um visto de estudo, muitos de nós já construímos uma vida aqui. Não é tao simples assim simplesmente arrumar as coisas e voltar para o Brasil, sabe?"
A estudante Rafaela Lucioni, 18 anos, acrescenta que se for realmente somente uma tentativa de pressionar, é equivocada. "É uma decisão burra. Os alunos internacionais pagam mais caro. Também pagam impostos. Eles mobilizam a economia."
Rafaela está no primeiro ano de dois cursos simultâneos na Universidade George Mason, em Washington: relações internacionais e análise e resolução de conflitos. Nesta faculdade, um curso para um estrangeiro sem bolsa de estudos custa por volta de US$ 60 mil dólares (R$ 324 mil) por ano.
Segundo o Instituto de Educação Internacional (IIE), no ano acadêmico de 2018 e 2019, havia mais de um milhão de estudantes estrangeiros nos EUA.
Saiba Mais
O ICE (serviço de imigração e alfândegas) indicou que o Departamento de Estado "não emitirá vistos de estudante para pessoas afiliadas a programas totalmente on-line para os semestres do outono" e que esses estudantes não terão permissão para entrar no país.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.