Entre as denúncias, segundo o MPF, estão a distribuição de cloroquina às comunidades indígenas, as visitas nos territórios sem prévia consulta dos indígenas - em desrespeito à decisão de isolamento de muitas das comunidades -, violação das regras de distanciamento social, presença expressiva de meios de comunicação em contato com os povos e o “vultoso gasto de recursos públicos” nas operações.
De acordo com as apurações iniciais do Ministério Público Federal, as operações também não respeitaram as orientações pretendidas no plano emergencial, como, por exemplo, a fixação de equipes interinstitucionais em pontos estratégicos da terra indígena e medidas para que o risco de contaminação não seja agravado – como a quarentena prévia das equipes.
'Tentativa de minimizar o problema'
O MPF diz, ainda, “expressar preocupação” com a fala do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Segundo o MPF, o ministro teria dito que a pandemia está controlada na Terra Indígena Yanomami. Contudo, o MPF afirma que o principal fator de risco para as terras indígenas é o garimpo ilegal e que não há qualquer medida de proteção territorial em operação atualmente.