De acordo com o pesquisador Raul Borges Guimarães, especialista em geografia da saúde da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o novo coronavírus segue o fluxo previsto pela pesquisa científica desde o início da pandemia. A partir do surgimento dos primeiros casos na capital, o vírus se expandiu para o interior, atingindo primeiro as cidades maiores mais próximas, migrando depois para as mais distantes e as menores, por meio das grandes rotas rodoviárias. "Os municípios que sobraram são tipicamente rurais", disse.
Os grandes centros mais próximos da capital paulista, como Campinas, Sorocaba e, mais ao norte, Ribeirão Preto, já ultrapassaram a marca dos cinco mil casos positivos. Nesta quarta, Campinas chegou a 8.609 casos e 324 mortes. Em Sorocaba, os números subiram para 5.672 casos e 130 mortes; em Ribeirão Preto, para 5.235 casos e 161 óbitos. Grandes cidades situadas no mesmo eixo registram alto número de casos. Em Jundiaí já são 3.920 casos e 188 mortes, enquanto Piracicaba chegou a 2.982 casos e 96 óbitos.
As maiores cidades, porém mais afastadas, ainda não tiveram grande número de casos, mas os dados mostram que o vírus está em aceleração. Em São José do Rio Preto foram registrados 222 casos e três mortes nas últimas 24 horas. O total de casos chegou a 2 848 e, de óbitos, a 83. Bauru registrou avanço de 52 casos em um dia, chegando a 1.561 positivos e 30 mortes. Em Araçatuba, foram 20 casos novos e um óbito, totalizando 700 positivos e 30 mortes Presidente Prudente atingiu 715 casos e 19 óbitos, com 194 doentes e dois óbitos de terça para esta quarta-feira.