Correio Braziliense
postado em 01/07/2020 14:39
Diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan afirmou nesta quarta-feira que a pandemia da covid-19 é atualmente "um desafio complexo para o Brasil". Questionado durante entrevista coletiva sobre o quadro no País, ele comentou que o Brasil é "grande e diverso", o que dificulta essa tarefa. De qualquer modo, a OMS insistiu nesta quarta na necessidade de que todos adotem uma estratégia abrangente, com as várias medidas já sabidas de sucesso no combate ao problema.Ryan disse que o Brasil deve se concentrar em passos como reduzir a mortalidade, suprimir a transmissão da doença. Além disso, os governos devem "enviar a melhor informação" aos cidadãos sobre o problema, afirmou, sem entrar em detalhes.
Falando sobre o quadro mais geral das nações, a líder da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove, ressaltou a importância de usar todos os instrumentos à disposição. Segundo ela, mesmo países com problemas em momentos anteriores conseguiram reagir. "Não é tarde para usar essa abordagem abrangente", defendeu.
Ao mesmo tempo, Kerkhove admitiu que nações com problemas e descontrole nas transmissões podem ter de apelar novamente a lockdowns, o que ela disse esperar que não seja mais necessário
Vacina
O diretor executivo da Organização Mundial de Saúde voltou a advertir ainda que o sucesso na busca por uma vacina contra a covid-19 não é algo garantido. Em meio ao otimismo com relatos de avanços em alguns dos testes, Ryan ponderou: "Isso não é algo dado, há muito trabalho duro a ser feito."
Durante entrevista coletiva da entidade, Ryan foi questionado se uma eventual vacina para o novo coronavírus poderia servir contra cepas do vírus influenza.
Ele disse que no momento também não é possível saber isso. "Esperamos que vacina em desenvolvimento funcione contra essa cepa do vírus e ainda está por ser visto se ela fornece qualquer proteção extra", comentou.
Reaberturas
Maria Van Kerkhove afirmou também que "revezes" no controle da covid-19 são esperados, no processo de reabertura econômica dos países. Segundo ela, o mais importante é que, quando surgem focos da doença, eles sejam combatidos rapidamente, de modo agressivo, para conter as cadeias de transmissão.
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