O vídeo foi gravado pela mãe de Luiz Filipe, Gisele Sabino, 38, que preparou a surpresa para o pequeno. Ao ver o pai sentado na cama, o menino perde a fala e fica sem acreditar. "Não vou chorar", repete Luiz Filipe controlando a emoção. "Viu como ele está melhor, não está mais gordinho", comenta apontando para Filipe. E basta o primeiro abraço para as lágrimas virem à tona. "Papai voltou!", reiteram os dois abraçados.
Morador de Itupeva, no interior do estado de São Paulo, o coordenador pedagógico compartilhou o vídeo nas redes sociais na quinta-feira (25/6). Além da gravação e de uma foto na porta do hospital, ele escreveu um texto no qual relata um pouco do que vivenciou:
Ainda se recuperando, Filipe conversou com o Correio na manhã deste domingo (28/6). A união e o amor entre a família ficam evidentes. Para o coordenador pedagógico, o apoio dos familiares foi determinante em todo o processo. Desde janeiro, ele vinha tratando um câncer de esôfago e estava com a cirurgia marcada para maio.
Após o procedimento cirúrgico e perto de receber alta médica, Filipe foi diagnosticado com a covid-19. "Quando você recebe a notícia do vírus, seu mundo cai um pouco. Estava em um momento muito feliz, prestes a ter alta. A partir desse momento, você tem que estar confiando em Deus, com a cabeça boa para entender que existe um propósito naquilo tudo", relata.
Após o procedimento cirúrgico e perto de receber alta médica, Filipe foi diagnosticado com a covid-19. "Quando você recebe a notícia do vírus, seu mundo cai um pouco. Estava em um momento muito feliz, prestes a ter alta. A partir desse momento, você tem que estar confiando em Deus, com a cabeça boa para entender que existe um propósito naquilo tudo", relata.
Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, em São Paulo, Filipe não precisou ser entubado e esteve consciente durante todos os dias.
"A covid não é brincadeira. Via nos médicos uma preocupação. O vírus é instável. Para alguns pode ser mais agressivo, para outros não. Eu ainda era pós-cirúrgico", relembra. O nível de oxigênio no sangue do coordenador pedagógico caiu e ele viveu a ansiedade, a angústia e o medo de ser entubado. "Você vai vivendo um dia de cada vez", descreve.
"A covid não é brincadeira. Via nos médicos uma preocupação. O vírus é instável. Para alguns pode ser mais agressivo, para outros não. Eu ainda era pós-cirúrgico", relembra. O nível de oxigênio no sangue do coordenador pedagógico caiu e ele viveu a ansiedade, a angústia e o medo de ser entubado. "Você vai vivendo um dia de cada vez", descreve.
Para se recuperar, além de todo o cuidado da equipe do hospital, Filipe contou com uma base de oração que o fortaleceu. "Sabia que tinha muitas pessoas, pessoas que nem me conheciam, orando por mim, pela minha família, pela minha esposa", comenta. Ele também aceitou participar de uma pesquisa que usa o plasma de pacientes recuperados no tratamento de infectados pelo vírus. "Falo que foi uma vitória ao quadrado, porque estou curado da cirurgia e da covid", resume.
Emoção
Com o coração cheio de saudade do filho e de toda a família, o coordenador pedagógico detalha que voltou para casa chorando. "Mesmo com o melhor atendimento médico, com as bases emocional e espiritual que te ajudam muito, ficar 20 dias na UTI te cansa. Quando minha esposa foi me buscar no hospital, já comecei a chorar. Você sente falta. A gente é muito unido. Isso também te mobiliza a querer vencer. E o momento do reencontro não tem preço", conta.
Luiz Filipe desconhece a contaminação do pai pelo novo coronavírus e, talvez, a proporção que a doença tem tomado no mundo. Contudo, o menino não perdeu a sensibilidade, nem muito menos, deixou de contar os dias para estar de novo com o pai.
"Foi muito legal, estava com saudade. Saudade de ficar do lado dele", conta. O pequeno tem planos para o futuro: o primeiro é celebrar o aniversário de 5 anos, mas desta vez assoprando a vela com pai e mãe, já que no dia oficial, o pai ainda estava internado; o segundo,ser engenheiro para construir casa para os moradores de rua.
"Foi muito legal, estava com saudade. Saudade de ficar do lado dele", conta. O pequeno tem planos para o futuro: o primeiro é celebrar o aniversário de 5 anos, mas desta vez assoprando a vela com pai e mãe, já que no dia oficial, o pai ainda estava internado; o segundo,ser engenheiro para construir casa para os moradores de rua.