Os números do novo coronavírus crescem a cada dia no Centro-Oeste. Na região, o Distrito Federal e Goiás lideram em número de casos. Há algumas semanas, a quantidade de infectados no Mato Grosso também começou a crescer de forma preocupante –– é o terceiro com mais diagnósticos positivos na região e ocupa o segundo lugar em número de óbitos. No Mato Grosso do Sul, o quadro é o que apresenta maior controle, com menos mortes e contaminados pela doença.
Para o médico infectologista David Urbaez, o motivo desse aumento de casos é comportamental: as pessoas pararam de fazer o isolamento social. “No início, tivemos no Centro-Oeste potentes isolamentos sociais nos estados mais populosos, Goiás e Distrito Federal. Ao começar a onda das flexibilizações, registraram-se mais casos”, observa o médico, que alerta que a situação ainda deverá se agravar.
No DF, passam de 40 mil os casos registrados. A capital contabilizou, ontem, 41.326 casos e 532 mortes. As cidades da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE/DF) também preocupam, pois acabam buscando atendimento médico na rede da capital.
Em Goiás, até o momento, 206 municípios já apresentam casos da doença confirmados e 78 de óbitos. A situação no estado preocupa o governador Ronaldo Caiado, que, em função do aumento de infectados, fará uma reunião por videoconferência com prefeitos, segunda-feira, para discutir novas estratégias no combate à pandemia.
No Mato Grosso, chama a atenção a velocidade que aumenta o número de infectados. Em 1º de junho, eram 2.541 casos registrados, mas, ontem, eram 13.026. O crescimento das mortes também chama a atenção: pularam de 66 para 480 pessoas.
Até o momento, no Centro-Oeste quem apresenta os números mais controlados é o Mato Grosso do Sul. Tem 6.913 casos e 65 mortes. Apesar dos números relativamente baixos, o estado apresenta uma acentuação na curva de pessoas contaminadas.
* Estagiária sob supervisão e Fabio Grecchi