Brasil

Em 24 horas, 39 mil casos e 1,3 mil mortes

 
Em meio a uma possível estabilização da curva de mortes e infectados do novo coronavírus no Brasil, a atualização diária divulgada, ontem, pelo Ministério da Saúde mostrou que a covid-19 continua com alto potencial de transmissão. O país voltou a registrar mais de mil mortes pela doença e uma explosão de diagnósticos positivos. Foram contabilizados mais 1.374 óbitos e 39.436 casos. Com isso, o país chega a 52.645 vidas perdidas e 1.145.906 de infectados.

O registro diário de mortes só perde para o de 4 de junho, quando morreram 1.473 pessoas. Já o número de casos acrescentados em 24 horas só ficou atrás do informado na última sexta (19), dia em que 54.771 novas infecções foram confirmadas. A pasta explicou, à época, que o salto foi causado por uma instabilidade na rotina de exportação dos dados relatados por parte dos estados. 

Com a intensificação do processo de interiorização da covid-19 e a necessidade de rastreamento do vírus para conseguir controlá-lo, o Ministério da Saúde pretende ampliar a testagem, o que deverá refletir em uma nova alta de confirmações nas próximas semanas. Mesmo com a demanda de diagnóstico, o que se pode observar, atualmente, é um aumento do número de casos no Centro-Oeste. Na última semana epidemiológica, todos os quatro estados da região bateram recorde de novos infectados pela covid. 

Recorde
São Paulo ainda lidera os números brasileiros da doença, com 229.475 casos e 13.068 mortes. Ontem, o estado bateu recorde ao registrar 434 fatalidades pela covid-19. Apenas 40 dos 645 municípios da unidade federativa não registraram óbitos. Coordenador-executivo do Centro de Contingência, João Gabbardo ressaltou que apesar do alto número de mortes, o estado está conseguindo manter a taxa de ocupação dos leitos de UTI. 

De acordo com o governo paulista, as taxas de ocupação são de 68,7%, na Grande São Paulo, e 65,7%, no estado. “É importante destacar que isso não tem pressionado os leitos de UTI, nós continuamos com utilização entre 65% e 66% dos leitos, o que significa que nós temos entre 33% e 34% dos leitos disponíveis para a população. E isso é o que mais importa para quando as pessoas estiverem necessitando de atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória”, reforça Gabbardo. 

Além de São Paulo, outras oito unidades federativas ultrapassaram a marca de mil óbitos cada. São elas: Rio de Janeiro (9.153), Ceará (5.717), Pará (4.672), Pernambuco (4.339), Amazonas (2.686), Maranhão (1.797), Bahia (1.491) e Espírito Santo (1.425). Juntos, os nove estados somam 44.348 mortes, ou seja, 84,2% de todos os óbitos. No Brasil, apenas Tocantins e Mato Grosso do Sul têm menos de 200 óbitos, com 179 e 55, respectivamente.

Do total no país, 479.916 pacientes estão em observação, 613.345 foram recuperados e 3.911 mortes estão em investigação. A atualização diária traz um aumento de 2,7% no número de óbitos nacionais em relação a segunda-feira, quando o total estava em 51.217. A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4,5%. A mortalidade (falecimentos por 100 mil habitantes) foi de 25,1. Já a incidência (casos confirmados por 100 mil habitantes) ficou em 543,3. (BL e MEC)