Brasil

Mandetta questiona por quantas mortes 'atitude tola' foi responsável na pandemia

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta usou as redes sociais nesta sexta-feira, 12, para cobrar ação no combate ao novo coronavírus no País. Sem citar diretamente o presidente da República, Jair Bolsonaro, mas citando o trecho bíblico usado por ele de forma recorrente - João 8:32 ,"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" - Mandetta cobrou ação e questionou por quantas mortes "atitude tola" foi responsável. "Quantos dos 800000 casos confirmados e das 41000 vidas perdidas a atitude tola foi a responsável? Realidade Inflada ? Ainda querendo maquiar? Cuidado. A morte está na espreita e na conta dos incautos. Reflita e reze. Fique com João 8:32 . Não cite. Pratique!", escreveu o ex-ministro. O Brasil superou a marca das 40 mil mortes na quinta-feira, 11. Na mesma data, o presidente afirmou que há ganho político para alguns com o aumento do número de mortes e que ninguém no País perdeu a vida por falta de respirador ou leito. Bolsonaro ainda sugeriu que seus seguidores entrem em hospitais públicos para filmar os leitos de UTI. "Pode ser que eu esteja equivocado, mas na totalidade ou em grande parte ninguém perdeu a vida por falta de respirador ou leito de UTI. Pode ser que tenha acontecido um caso ou outro. Seria bom você, na ponta da linha, tem um hospital de campanha aí perto de você, um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tá fazendo isso, mas mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não.", disse Bolsonaro. O presidente ainda declarou que há dezenas de relatos de mortes por coronavírus de pessoas que já tinham problemas sérios de saúde e a família, até o momento do óbito, não sabia que havia contraído o vírus. "Isso não é uma pessoa ou outra. São dezenas de casos por dia que chegam nesse sentido. Não sei o que acontece. O que querem ganhar com isso. Tem um ganho político, só pode ser isso, aproveitando as pessoas que falecem para ter um ganho político e culpar o governo federal."