Segundo a assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês, o teste não precisa de aprovação da Anvisa, "pois é um protocolo que usa técnicas que já existem."
Para atender a demanda represada, o laboratório brasileiro Mendelics, em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, desenvolveu um novo teste que permite processar 110 mil amostras por dia. O método leva 1 hora, e, segundo os responsáveis, possui uma especificidade de 100%. Neste momento está sendo realizado projeto piloto com 50 mil vidas e não foram identificados resultados falso-positivos.
"Assim que começou a pandemia todos reconhecemos que deveríamos pensar em soluções que contribuíssem para o bem-estar de toda a população. O novo teste alivia a demanda reprimida e viabiliza a testagem em larga escala e sistemática no Brasil", diz Laércio Cosentino, presidente do conselho da Mendelics.
Para os desenvolvedores, esse teste é o que possui maior capacidade de processamento lançado no Brasil até o momento. Ele custa em torno de R$ 95 e não depende de equipamentos e reagentes atualmente escassos.
Além disso, é considerado um método mais seguro, já que, em vez de precisar ser coletado pelo nariz por meio de um instrumento longo capaz de chegar até a garganta, depende apenas da saliva depositada diretamente em um recipiente. Assim, evita-se um movimento involuntário que pode expelir o vírus, aumentando o risco de infecção para os profissionais da saúde.
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A proposta é que, assim que for aprovado pelos órgão reguladores de saúde, o protocolo para o teste será liberado para outros laboratórios, a fim de aumentar a capacidade de testagem e sanar essa defasagem brasileira que atrapalha no controle da pandemia.