A irmã do ator Rafael Miguel, assassinado junto aos pais, publicou um vídeo nas redes sociais nesta terça-feira (9/6), data em que o crime completa um ano.
"Oi, mãe. Oi, pai. Oi, Rafa. Hoje faz um ano que a gente não está mais junto presencialmente. Pensei muito em escrever um texto, mas acho que não é um dia para isso. Realmente não consigo estruturar e colocar para fora. Eu só queria conversar com vocês. Sinto muita falta e o que mais queria era isso, conversar. (...) É engraçado que quando eu acho que mais vou me sentir mal é quando eu sinto a presença de vocês, a vida de vocês. A raiva, o ódio e a tristeza não tomam conta, mas obviamente não significa que a gente tenha superado. Eu só sinto vocês de uma forma muito bonita e gostosa, como se estivessem aqui... Queria falar com cada um de vocês e lembrar", afirmou, chorando.
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Ela termina o desabafo lembrando do irmão: "Você cumprimentava todo mundo com um bom dia e um beijo no rosto. Era alguém gentil, humilde, ajudava e isso era genuíno. Tenho muito orgulho de quem você foi. Tenho muito orgulho de quem você se tornou".
Rafael Miguel, de 22 anos, e os pais foram assassinados em 9 de junho de 2019, com 13 tiros em frente da casa em que moravam, na Zona Sul de São Paulo. Suspeito de praticar o crime, Paulo Cupertino Matias segue foragido. Além do Brasil, a polícia já fez buscas por ele na Argentina e no Paraguai. O empresário é pai de Isabela Tibcherani, então namorada de Rafael, e não aceitava o relacionamento.
A ex-namorada, que presenciou o crime, também fez um post em sua rede social e afirma estar “exausta”. “Sabia que esse dia chegaria, mas não esperava não me sentir capaz de passar por ele. Um ano de muita confusão mental, tentativas diárias de entender o que aconteceu com a minha vida e o porquê, mas, até hoje, nada. Eu não esperava vir até aqui falar, mas sinto que é necessário dizer o quão cansada emocionalmente eu estou, tanto que se torna físico, gera desânimo, desesperança”, desabafou.
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“A vida não é a mesma e vivo com essa constante necessidade de me adaptar ao ambiente, me acostumar com a estranheza de ser obrigada a viver normalmente, quando por dentro tudo ainda é caos. Desculpem, mas, não sei ser tão forte quanto esperam que eu seja”, concluiu Isabela.
*Estagiária sob supervisão de Fernando Jordão