Correio Braziliense
postado em 09/06/2020 10:47
Um vazamento liberou dietilenoglicol nas cervejas produzidas pela Backer. Cinco meses depois, foi essa a conclusão da Polícia Civil de Minas Gerais ao investigar os casos da síndrome nefroneural, doença provocada pela ingestão da substância tóxica. Os resultados foram apresentados nesta terça-feira no auditório do Departamento de Trânsito (Detran), em Belo Horizonte. O resultado do inquérito foi apresentado pelo delegado Flávio Grossi, à frente dos trabalhos, e o superintendente de Polícia Técnico-Científica, o médico-legista Thales Bittencourt.
Veja a coletiva da Polícia Civil
Flávio Grossi explicou que a apuração foi multiprofissional, envolvendo químicos, engenheiros e peritos. Primeiro, foi preciso entender como a cerveja é feita. “O malte é levado para um processo que leva o mosto. O mosto é resfriado e é levado por tubulações ao tanque. O tanque é resfriado com líquido anticongelante e, posteriomente, embalado para consumo. Ele resfria os tanques de forma que não haja vazamento: é uma grande geladeira chamada de chiller”, detalhou.
O vazamento que contaminou as cervejas foi identificado justamente no chiller. “O líquido jorrava e se misturava com a cerveja”, informou. “Além do vazamento do chiller, havia outros pontos de vazamentos pela fábrica”. Em janeiro, a Polícia Civil já havia constatado a presença do dietilenoglicol no chiller.
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Onze pessoas serão indiciadas por lesão corporal, homicídio e intoxicação, segundo a Polícia Civil.
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