Os dados do atacante Neymar, do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira, foram usado para solicitar o auxílio emergencial de R$ 600 pago a trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores e desempregados durante a pandemia do novo coronavírus. O pedido enviado à Caixa Econômica Federal conta com o CPF, data de nascimento e nome da mãe do jogador no cadastro.
O Estadão consultou o site da Caixa e confirmou que o auxílio foi aprovado, mas o banco está revisando a solicitação. "Seu cadastro foi identificado com indícios de desconformidades com a Lei 13.982/2020 e está sendo reavaliado", informa o acompanhamento do auxílio emergencial.
A reportagem entrou em contato as assessorias de imprensa de Neymar e da Caixa Econômica Federal. O estafe do jogador confirmou que ele jamais solicitou o benefício e o banco informou que esse processo de análise cadastral é realizado pela Dataprev, como homologação do Ministério da Cidadania. "A Caixa não faz qualquer intereferência nesse processo, só realiza o pagamento de acordo com o que foi validado".
Essa não é a primeira vez que o sistema é vítima de fraudes. Nesta quarta-feira, um relatório do Tribunal de Contas da União alertou para o risco de 8,1 milhões de brasileiros terem recebido indevidamente o auxílio emergencial.