"Estamos fazendo um inquérito sorológico e um estudo de prevalência na ilha. Isso foi importante porque ajudou nesse processo de detecção. Detectamos, então, dois casos ativos, que já estão sendo debelados pela nossa vigilância", afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo.
A Administração de Fernando de Noronha explicou que os novos diagnósticos são de uma mulher de 56 anos e de um homem de 50, identificados por um estudo epidemiológico. Segundo o órgão, os dois casos não apresentam sintomas de covid-19 e cumprem isolamento domiciliar. Outras 18 pessoas que tiveram contato com os pacientes confirmados estão em quarentena e serão testadas para a doença.
O arquipélago está realizando uma testagem em massa na população Na primeira etapa, amostras de 455 voluntários já foram enviadas para observação clínica no Recife. Ao todo, a previsão é de que 900 moradores, entre homens, mulheres e crianças escolhidos aleatoriamente, façam testes para a doença.
A Administração de Fernando de Noronha afirmou que os resultados do estudo epidemiológico devem orientar o controle da pandemia e a possível retomada da economia local. Para esta investigação em curso, os voluntários devem responder a um questionário sobre dados socioeconômicos e clínicos, sendo acompanhados por uma equipe técnica e submetidos a exames no período de um ano.
As praias de Fernando de Noronha estão com acesso liberado para moradores desde 25 de maio, mantendo isolamento social de dois metros em relação a outros banhistas. Neste momento, estão proibidas aglomerações com mais de cinco pessoas na ilha. O Aeroporto Wilson Campos segue fechado para voos comerciais por tempo indeterminado.
Com aproximadamente 3,5 mil habitantes, o distrito estadual foi o primeiro lugar do Brasil a estabelecer, entre 20 de abril e 10 de maio, medidas rígidas de isolamento social em combate ao coronavírus. Durante o período, as entradas marítima e aérea foram fechadas para turistas, e os moradores só puderam se deslocar com autorização prévia da administração.