A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio) é uma das participantes da negociação. A entidade divulgou comunicado nesta terça-feira, 2, detalhando parte das sugestões à cidade, mas destacou o posicionamento contrário a uma das principais medidas solicitadas pela gestão Bruno Covas (PSDB): que o setor privado faça testes de covid em seus funcionários.
"A federação enviou ofício (à Prefeitura) questionando o ônus da realização de testes laboratoriais para covid-19 ao setor privado, tal como proposto no decreto publicado pela Prefeitura de São Paulo, uma vez que o empresariado já passa pela crise e tem tido dificuldade de manter os negócios", diz o texto.
Entre as medidas que a Fecomércio entende ser possível acatar estão "uso de equipamentos de proteção por funcionários e clientes; oferta de álcool em gel e cartilha com as diretrizes sanitárias; distanciamento social de 1,5 metro; orientação para que não haja contato físico; horário de atendimento diferenciado para grupo de risco; restrição de viagens de negócios; proibição de eventos em larga escala; separação de lixo com potencial de contaminação; restrições aos serviços de valet nos estacionamentos, dentre outras", ainda segundo o documento.
A Prefeitura foi questionada pelo Estadão sobre o ofício, mas não respondeu. Deve divulgar amanhã balanço dos três primeiros dias de negociações com a iniciativa privada para definir a retomada, e há possibilidade de anunciar as datas da reabertura. Técnicos das áreas de Saúde e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho deveriam enviar entre ontem e hoje respostas às propostas já apresentadas, para a finalização dos protocolos ainda nesta quarta.