Correio Braziliense
postado em 02/06/2020 10:53
Começa hoje (2/6) no Rio de Janeiro a reabertura das atividades econômicas, conforme anunciado ontem pelo prefeito Marcelo Crivella após as restrições impostas para conter o contágio pelo novo coronavírus.
O plano completo, com seis fases de 15 dias cada, prevê a normalização de todas as atividades em agosto. Mas as fases podem ser estendidas ou encurtadas, de acordo com a avaliação do Comitê Científico que assessora a prefeitura nessa crise da pandemia de covid-19.
Retornam hoje o setor de serviços, as agências de automóveis, lojas de móveis e de decoração. Lanchonetes, bares e restaurantes continuam apenas com o esquema de entrega em domicílio ou retirada no local. Os estabelecimentos precisam cumprir regras de higienização e distanciamento entre os clientes.
Hotéis e hostels podem funcionar, pontos turísticos permanecem fechados e as praias e parques podem ser frequentados apenas para atividades físicas no calçadão e esportes aquáticos individuais. Também foram liberados voos livres individuais.
O decreto do plano de reabertura não foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Município. Saiu apenas uma matéria na capa com o título “Prefeitura anuncia retomada responsável das atividades econômicas no Rio”. Segundo a prefeitura, o decreto será publicado ainda hoje em edição extra do Diário Oficial.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) não recomenda a reabertura neste momento por avaliar que ainda há problemas relacionados aos registros de casos e óbitos e que não há clareza em relação às informações sobre filas, leitos hospitalares e unidades de terapia intensiva (UTIs).
Segundo a Fiocruz, não há indicações de que a pandemia esteja “sob controle”, e o sistema de saúde “não tem condições de responder tanto aos níveis atuais, quanto ao aumento do número de casos”.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recomendou que as medidas restritivas sejam ampliadas na cidade e não relaxadas neste momento, já que o nível de transmissão da covid-19 ainda está muito alta, com cada paciente com coronavírus contaminando mais de duas pessoas.
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